A Federação Israelita Brasileira condena “atos antissemitas” contra Fux
A decisão surge após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ter condenado o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime …

A Conib (Confederação Israelita do Brasil) manifestou sua repulsa aos ataques antissemitas direcionados ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, que têm se disseminado nas redes sociais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A entidade avaliou como “alarmante” o aumento dessas agressões e ressaltou que discordar de decisões judiciais é permitido, contudo, atacar alguém por causa de sua religião constitui crime.
O aviso se refere à decisão da Primeira Turma do STF que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de reclusão no regime fechado, em razão de sua participação na tentativa de golpe de Estado ocorrida após as eleições de 2022.
Leia também:

CPI solicitará ao STF autorização para conduzir depoimentos de Camisotti e indivíduo conhecido como “careca do INSS”

PF apreende homem apelidado de “careca do INSS” em nova etapa da operação contra fraudes em aposentadorias

Tarcísio afirma que Bolsonaro e outros condenados enfrentam uma “sentença injusta”
A Conib aponta que os ataques à comunidade judaica brasileira subiram 350% em relação a 2022.
Nos ambientes de mídia social, contas no X e Instagram divulgaram mensagens que mencionam a origem judaica de Fux e o apelidam de “sionista”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um perfil no X publicou: “Fux é culpado. Os sionistas não suportaram e expuseram a verdade. Eles tentarão remover o pró-governo e genocida dos palestinos.”
Em outra ocasião, no Instagram, um perfil publicou uma necrologia falsa: “O excelentíssimo jurista menor e judeu sionista, ministro Luiz Fux, faleceu hoje, em direto na TV Justiça, após declarar seu voto de anulação do processo contra o miliciano e assassino Jair Messias Bolsonaro”, informou a página, que conta com mais de 100 mil seguidores.
Adicionalmente a essas publicações, uma entidade divulgou declarações de Fux de 2015, nas quais o ministro tratava de disputas envolvendo Israel e os palestinos.
A Conib reiterou que o combate ao antissemitismo e aos discursos de ódio “é uma única luta, e uma luta de todos”.
Consulte a íntegra da nota.
A Conib avalia como preocupante a onda de ataques antissemitas contra o ministro Luiz Fux. É possível discordar ou não de suas decisões no STF, mas atacar por motivo religioso constitui crime de acordo com a legislação brasileira. A entidade destaca o aumento de 350% nos ataques à comunidade judaica brasileira desde 2022. A Conib enfatiza que o combate ao antissemitismo e aos discursos de ódio é uma luta unificada e que envolve a todos.
A emissora CNN busca contato com o ministro Luiz Fux.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.