A falta de alimentos em Gaza coloca em risco a saúde de bebês e crianças, alerta a ONU

Médico de hospital infantil destaca o crescimento do número de crianças desnutridas internadas, juntamente com mães enfrentando dificuldades na produção…

21/07/2025 21:11

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A falta de alimentos em Gaza coloca em risco a saúde de bebês e crianças, alerta a ONU
(Imagem de reprodução da internet).

A Organização das Nações Unidas alertou no domingo (20) sobre o agravamento da crise humanitária em Gaza, com um aumento significativo no número de crianças desnutridas internadas no Hospital Infantil de Rantisi, decorrente da grave falta de alimentos e medicamentos.

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Casos graves estão sendo admitidos no Hospital de Rantisi e necessitam de internação e tratamento adequados, afirmou o Dr. Ragheb Warshagha, diretor do departamento de gastroenterologia do hospital.

As próprias mães sofrem de desnutrição e falta de leite, o que leva à desnutrição infantil – especialmente em relação ao peso. Isso, por sua vez, causa infecções graves e, por vezes, morte devido à imunidade enfraquecida pela má nutrição.

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A ONU declarou que bebidas como Sham Maqattah estão entre as que sofrem.

“Não há leite e eu não tenho nutrição para amamentá-la naturalmente”, declarou a mãe de Sham.

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A saúde dela se deteriorou… Esperamos que leite e fraldas para bebês sejam autorizados (para acesso ao local) e que as conexões sejam liberadas para a entrada de alimentos.

Outra mãe, que viu seu filho Hussam al-Turamsi ser internado na sexta-feira (18) e que está sendo sustentada por soro intravenoso, relatou as condições como terríveis.

Devido à situação atual, não há leite, comida ou água. Isso é fome. Não consigo atender às necessidades do meu filho, disse ela à ONU.

As Nações Unidas também registraram famílias com gêmeos enfrentando dificuldades para obter leite.

O pai declarou: “Meus dois filhos estão sofrendo de desnutrição grave. Não conseguimos encontrar leite para eles e não sabemos o que fazer.”

Em áreas de palestinos desabrigados, a ONU constatou indivíduos recolhendo sobras de alimentos após as cozinhas comunitárias ficarem sem abastecimento.

Em 19 de maio, Israel interrompeu o bloqueio de 11 semanas da assistência humanitária a Gaza, possibilitando a retomada de entregas restritas pela ONU. Contudo, a UNRWA (Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Médio) permanece proibida de fornecer ajuda ao território.

A COGAT, agência israelense de coordenação de ajuda militar, declarou ter possibilitado a chegada de 67 mil caminhões de alimentos a Gaza, fornecendo 1,5 milhão de toneladas de alimentos, incluindo fórmulas para bebês e papinhas.

A agência também declarou que aproximadamente 2.000 toneladas de rações foram transportadas para Gaza pelas passagens terrestres nas últimas semanas, em resposta a solicitações de organizações humanitárias internacionais.

Israel e os Estados Unidos acusam o grupo militante Hamas de desviar fundos de operações de assistência da ONU, o que o Hamas rejeita.

Para prevenir tais alegações de roubos, os dois países começaram a financiar a GHF (Fundação Humanitária de Gaza), empregando empresas de segurança e logística americanas privadas para o transporte de assistência a centros de distribuição, com os quais a ONU se recusou a colaborar.

O UNICEF comunicou que, no mês passado, mais de 5.800 crianças foram diagnosticadas com desnutrição em Gaza, incluindo mais de 1.000 crianças com desnutrição aguda grave. A organização declarou que se tratou do quarto mês consecutivo de aumento da condição.

Fonte por: CNN Brasil

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.