A exposição de curtas-metragens

A 36ª edição do Festival de Curtas de São Paulo é a primeira sem a sua criadora, Zita Carvalhosa.

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(Imagem de reprodução da internet).

A edição mais recente do Kinoforum – Festival Internacional de Curtas de São Paulo, iniciado na quinta-feira, 21, e que se estende até o dia 31, é a primeira promovida sem a participação de sua idealizadora, Zita Carvalhosa.

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Zita, falecida no mês passado aos 65 anos, organizou o evento em 1990 e permaneceu à frente dele desde então. Entre as homenagens póstumas que recebeu, estavam diversas de cineastas que realizaram sua estreia em festivais no Kinoforum.

A vitrine, elaborada por Zita, conforme relatam Márcio Miranda Perez e Vânia Silva, novos coordenadores do evento, representava uma forma de resistência diante de uma produção cinematográfica fragilizada pelo encerramento da Embrafilme e pela influência do entretenimento local sobre o cinema.

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Sem a possibilidade de produzir longas-metragens, muitos cineastas buscaram o formato de curta-metragens para continuar produzindo. Naquela época, a exibição cinematográfica era a principal plataforma para esse tipo de produção, tornando os festivais relevantes para essa modalidade.

“Atualmente, essa situação evoluiu consideravelmente”, afirmam Perez e Vânia. “O curta-metragem obteve novas oportunidades de exibição, incluindo plataformas de streaming, redes sociais e canais de vídeo online, tornando-se um formato mais acessível, tanto para quem produz quanto para quem assiste. Ele deixou de ser apenas um meio de divulgação e passou a ser reconhecido como uma expressão artística com linguagem própria.”

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Nesse contexto, o festival perdeu seu papel de única janela possível, mas passou a assumir a função de fomentar encontros e trocas em torno do formato e de ser, ele próprio, um espaço voltado à formação.

O Kinoforum, na sua 36ª edição, oferecerá gratuitamente, como no ­CineSesc, Cinemateca Brasileira, MIS e Espaço Petrobras de Cinema, 253 filmes de 60 países.

A seleção inclui títulos premiados em festivais de destaque, como Cannes, Veneza, Berlim e Sundance, além de mostras temáticas e um importante volume da produção brasileira.

Em referência a Zita, acontecerá uma exposição com filmes curtos em que ela atuou como produtora. Entre eles, destacam-se títulos importantes dos anos 1980 e início dos 1990, como o curta A Garota das Telas (1988), de Cao ­Hamburger, que alguns anos depois produziria Castelo Rá-Tim-Bum, para a TV Cultura, e Amor! (1994), de José Roberto Torero.

Publicado na edição nº 1376 de CartaCapital, em 27 de agosto de 2025.

Este texto aparece na edição impressa de CartaCapital sob o título “A vitrine dos filmes breves”.

Fonte por: Carta Capital

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