Grande parte de nossa existência pode ser compreendida de maneira simples; recebemos as marcas dos nossos pais, em uma extensão maior do que se acredita.
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Que alegria! As eleições na Província de Buenos Aires foram ganhas pelo peronismo. A extrema-direita recua na Argentina, país vizinho e irmão.
Precisamos nos libertar por nossa própria conta, como latino-americanos, visto que a Europa Ocidental, há muito tempo, se afastou.
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A emissora pública francesa France 24 Heures, totalmente censurada e comprometida com a propaganda colonial, informou que Milei foi atingido por “projetos” em marcha, quando na realidade já se sabia que eram pedras e garrafas.
É inaceitável criminalizar Maduro como traficante, buscando justificar a agressão de Trump contra o navio venezuelano, que ceifou 11 vidas sem qualquer evidência de tráfico e aplicou pena capital sem julgamento, representando uma grave violação do direito internacional.
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Novamente, observa-se um ditador desafiando a legalidade internacional, com a cumplicidade europeia, como se verificara há um século.
Os meios de comunicação europeus, por sua vez, estão subordinados ao neocolonialismo do Norte, onde os governos de direita consideram o colonialismo a única maneira de recuperar o próprio enriquecimento, sem promover a redistribuição de renda.
A ligação entre o colonialismo e golpes de Estado no Sul se manifesta no caso da Volkswagen, que foi condenada pela Justiça brasileira a pagar 165 milhões de reais aos trabalhadores mantidos em regime análogo à escravidão em sua fazenda no Pará, durante a ditadura militar. Soldados controlavam os funcionários para evitar fugas.
Isto, apenas vinte anos após a queda do nazismo. Ou seja, como Frantz Fanon afirmava, o nazismo e o fascismo escandalizaram apenas porque ocorreram na Europa – práticas coloniais seculares quando direcionadas a povos de outros continentes.
Não é isso que os EUA e a União Europeia afirmam hoje ao Congo: “Se desejam o encerramento da invasão, entreguem-nos suas riquezas minerais: terras raras, ouro, diamantes”.
Essa dominação só se mantém com prepostos estrangeiros. Não se trata dos governadores Tarcísio e Zé?
Tarcísio não defende a ditadura ao apoiar quem conspirou contra a democracia? Não afirmou que, se eleito presidente, entregaria a Petrobras e o Banco do Brasil? Não recebeu doações de campanha de pessoas ligadas ao PCC? Muitos postos da BR Distribuidora, privatizados por Bolsonaro, não terminaram nas mãos do crime, para lavagem de dinheiro?
As conexões entre o colonialismo, a guerra e o crime são evidentes.
Não é suficiente o teatro cômico dos “patriotas” que hasteiam a bandeira americana no Dia da Independência brasileira. Nem o dos “cristãos” que se afirmam pró-vida, mas apoiam o encarceramento de menores, o armamentismo — e permanecem em silêncio sobre os abusos policiais, que primeiro vitimizam os próprios agentes e, de forma seletiva, jovens negros da periferia.
Trump não deseja a punição de Bolsonaro devido à sua subserviência: desmantelou a maior empresa brasileira em favor dos Estados Unidos, diminuiu o processamento de petróleo no país e elevou as importações com sobrepreço.
A Petrobras, anteriormente, atendia a 65% das necessidades de fertilizantes da agricultura brasileira. Atualmente, importamos 85%.
Assim, o governo Lula retomou o funcionamento da fábrica de fertilizantes da empresa, no Paraná, que fora fechada pelo responsável pela genocida.
Apesar das tarifas implementadas por Trump em benefício de Bolsonaro e seus colaboradores, o Brasil alcançou um superávit de 6,1 bilhões de dólares na balança comercial de agosto. A China elevou suas compras em 30%, o México se tornou o principal importador de carne brasileira e até mesmo a Argentina, com graves dificuldades financeiras, retomou suas importações.
Em face disso, o mal só destrói a si mesmo. Matéria de tempo e de resistência.
Fonte por: Carta Capital