A Europa teve, em 2023, um volume excepcional de surtos de doenças transmitidas por mosquitos, incluindo chikungunya e o vírus do Nilo Ocidental, em decorrência das mudanças climáticas, segundo a agência europeia de saúde na quarta-feira, 20.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) observou que a Europa está enfrentando períodos mais longos e intensos de circulação de doenças transmitidas por mosquitos.
Essa alteração é motivada por elementos climáticos e ambientais, incluindo o aumento das temperaturas, estações mais longas, invernos mais amenos e variações nos padrões de precipitação, circunstâncias que, em conjunto, favorecem a proliferação de mosquitos, conforme declarado em um comunicado.
LEIA TAMBÉM!
A diretora do ECDC, Pamela Rendi Wagner, declarou que a Europa está entrando em uma nova fase, na qual uma alta transmissão, mais longa e mais intensa de doenças transmitidas por mosquitos, se tornará uma realidade.
O ECDC detalhou que o mosquito Aedes albopictus, capaz de transmitir o vírus da chikungunya, já está estabelecido em 16 países europeus e 369 regiões, enquanto há uma década estava somente em 114 regiões.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A Europa contabilizou até o momento 27 casos de surto de chikungunya em 2025, um número recorde para o continente.
Um caso nativo foi detectado na região francesa da Alsácia, “um fato excepcional nesta latitude, o que evidencia a contínua expansão para o norte do risco de transmissão”, afirmou a agência.
Até o dia 13 de agosto, oito países europeus haviam notificado 335 casos autóctones de infecção pelo vírus do Nilo Ocidental e 19 mortes, com a Itália sendo o país mais afetado, registrando 274 infecções.
A Organização Europeia para a Saúde (ECDC) solicitou que os indivíduos nas áreas afetadas se protejam contra as picadas de mosquitos utilizando repelente, vestindo camisas com mangas compridas e calças, além de mosquiteiras nas janelas e camas.
Fonte por: Carta Capital
