A EUA foram os principais compradores de café brasileiro até julho, segundo a Cecafé

A extensão de prazos para exportações acarreta prejuízo superior a 10 dólares por sacada, estima o setor.

12/08/2025 20:47

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A EUA foram os principais compradores de café brasileiro até julho, segundo a Cecafé
(Imagem de reprodução da internet).

Os Estados Unidos representaram a principal demanda por café brasileiro nos primeiros sete meses de 2025, totalizando 16,8% das exportações do setor. Essa informação é revelada por dados do Cecafé, divulgados na terça-feira (12).

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De acordo com dados da organização, o país exportou 3,7 milhões de sacas de 60 kg para os Estados Unidos no período de janeiro a julho. Essa quantidade representa, contudo, uma queda de aproximadamente 18% em relação ao ano anterior.

De acordo com Márcio Ferreira, presidente do Cecafé, os efeitos da imposição de tarifas de 50% pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o setor ainda não se refletiram nas exportações do produto.

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Ferreira afirma que, a partir de agosto, as indústrias americanas encontram-se em expectativa, devido aos estoques de 30 a 60 dias, o que demanda um período de espera pelas negociações em curso.

A extensão já observada se trata de pedidos de prorrogação, que são extremamente prejudiciais ao setor, avalia o executivo.

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A extensão das operações de contratos futuros na Bolsa de Nova York resultaria em uma perda de 10 dólares por arroba, sem considerar juros e despesas complementares como transporte, depósito e logística.

Dados mensais

O relatório ainda indica que o país exportou 2,7 milhões de sacas em julho, com uma queda de 27,6% em relação ao ano anterior. A receita cambial atingiu um recorde para o mês (US$ 1,033 bilhão ou R$ 5,6 bilhões), representando um aumento de 10,4% em comparação com 2024.

No período de janeiro a julho, as exportações de café do Brasil totalizaram 22,15 milhões de sacas, representando uma queda de 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior (28,18 milhões). A receita cambial, por outro lado, aumentou 36%, atingindo um recorde de US$ 8,55 bilhões (R$ 46 bilhões).

Conforme Márcio Ferreira explica, uma diminuição nos embarques já era esperada neste ano. Observamos exportações recordes em 2024, possuímos estoques reduzidos e uma safra sem excedentes, com o potencial produtivo total impactado pelo clima. Em relação à receita cambial, continuamos a aproveitar a alta dos preços no mercado internacional, que reflete o equilíbrio restrito entre oferta e demanda ou um leve déficit na disponibilidade.

Entre janeiro e o final do período de referência, os cinco destinos de exportação de café do Brasil foram: Alemanha, com importação de 2,6 milhões de sacas (-34,1% em relação aos primeiros sete meses de 2024); Itália, com 1,7 milhão (-21,9%); Japão, com 1,4 milhão de sacas (+11,5%); e Bélgica, com 1,3 milhão de sacas (-49,4%).

A China pode ser uma opção.

A Cecafé persiste em sua luta, em parceria com o governo e outros atores do setor, buscando reduzir a taxa de 50% sobre o produto nacional.

“Nossa trajetória é muito mais ampla do que o instante que estamos experienciando, e com realismo e diplomacia, devemos conduzir negociações que atendam aos interesses de ambas as partes”, avalia Ferreira.

Em agosto, a Embaixada da China no Brasil comunicou que 183 empresas brasileiras de café receberam autorização para exportar para o mercado chinês.

O presidente do Cecafé explicou que diversos desses exportadores já operavam no mercado chinês, o que não indica, necessariamente, um incremento nas remessas de café para a Ásia.

Contudo, a empresa acompanha de perto o desenvolvimento do consumo chinês, mercado que absorveu 571.866 sacas de café entre janeiro e julho e que se encontra na 11ª posição no ranking dos principais parceiros do café brasileiro.

O credenciamento de cinco anos, conforme divulgado na mídia, é positivo em relação à desburocratização, mas, por si só, não indica aumento nas exportações para a China, o que esperamos que ocorra naturalmente ao longo dos próximos anos e décadas, considerando o crescente interesse do consumidor, como temos observado em outros países da Ásia.

Petróleo, café e aeronaves: principais produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil

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