Em junho, 44% do território nacional foi afetado por secas; 14 estados apresentaram diminuição na intensidade do fenômeno, conforme o Monitor de Secas.
Em junho, 14 estados brasileiros apresentaram diminuição na intensidade da seca, e a área afetada pelo fenômeno reduziu nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul. Contudo, os dados indicam que, nesse período, 44% do território nacional foi impactado.
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O Monitor de Secas indicou que, no período compreendido entre maio e junho deste ano, Alagoas, Amazonas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe apresentaram uma redução da intensidade da seca.
O Mato Grosso, em parceria com o Amapá, alcançou a ausência de secas em junho, um evento que não ocorria desde 2021. Contudo, a situação se agravou no Ceará, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins, e a seca retornou ao Pará após um período de interrupção.
A Região Norte registrou a situação mais branda, ao passo que o Nordeste permaneceu como o mais impactado, com 33% de sua área em estado de seca severo.
Entretanto, todas as cinco regiões geopolíticas (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) apresentaram uma desaceleração comum entre maio e junho.
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A área afetada pela seca reduziu em 12 estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Somente o Maranhão registrou um crescimento na área de seca.
A evolução das condições foi, em grande parte, impulsionada pelo volume de chuvas.
No Nordeste, as chuvas do último mês provocaram o recuo da seca grave (S2) no nordeste da Bahia e centro de Pernambuco, e a seca grave cedeu em Alagoas e Sergipe. Por outro lado, a deterioração dos indicadores devido à menor quantidade de chuvas em algumas áreas resultou no avanço da seca moderada (S1) no norte e sul do Maranhão e Piauí, e no noroeste do Rio Grande do Norte e da Bahia. O Ceará também registrou o agravamento da seca no nordeste e oeste, evoluindo de fraca (S0) para moderada (S1).
Nas regiões Sudeste, precipitações acima do normal evitaram a ocorrência de estiagem moderada (S1) no Rio de Janeiro e reduziram a intensidade no sudoeste e sudeste de Minas Gerais, bem como no oeste e centro de São Paulo.
Nas Regiões Sul, as chuvas acima do esperado em junho foram determinantes para o fim da severa estiagem (S2) e para um retrocesso de até duas faixas de seca nos três estados. Isso resultou na ausência de seca em grande parte do Paraná, oeste de Santa Catarina e praticamente todo o Rio Grande do Sul.
Nas Regiões Norte, precipitações acima do esperado ocasionaram o retrocesso da seca moderada (S1) no norte do Amazonas e da seca fraca (S0) no oeste do Amazonas, norte do Rondônia e sul do Tocantins. Entretanto, a falta de chuvas abaixo da média promoveu o surgimento de seca fraca (S0) em parte do leste do Pará e o avanço da seca moderada (S1) no leste do Tocantins.
No Centro-Oeste, as chuvas acima da média nos últimos meses possibilitaram o fim da seca em Mato Grosso. Observou-se também o recuo da seca moderada (S1) na região central e sul do Goiás, e da seca fraca (S0) no norte do Mato Grosso do Sul e no oeste e norte do Goiás. Mato Grosso do Sul, em particular, não apresenta mais seca moderada (S1).
O Monitor de Secas funciona como uma iniciativa coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), atuando como a “Instituição Central” do programa.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.