A Estética Soft Witch: Um Refúgio Emocional em Casa
No contexto de hiperconexão e cansaço emocional que se intensificou após a pandemia, uma nova tendência tem se destacado: a transformação do lar em um espaço acolhedor e curativo. Mais do que um ambiente estético, busca-se um refúgio energético.
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Essa busca por suavidade deu origem à estética Soft Witch, que combina leveza, sensorialidade e simplicidade. A especialista Sunna Taróloga afirma que “o mundo externo está barulhento demais. As pessoas estão exaustas de produtividade, carentes de silêncio e buscando suavidade”.
Assim, o lar se torna não apenas funcional, mas também emocional.
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O que caracteriza a estética Soft Witch?
De acordo com Sunna, o Soft Witch é “a espiritualidade traduzida para uma estética de aconchego”. Essa estética é marcada por luz dourada suave, velas, plantas vivas, tecidos naturais e uma paleta de cores que inclui tons de lavanda, verde sálvia e rosé.
Ela é descrita como “doméstica, sensorial, afetiva e quase terapêutica”. Diferente de outras estéticas, como o witchcore, que é mais teatral, ou o dark academia, que é melancólico e literário, o Soft Witch se concentra em ser “sagrado o suficiente para caber no cotidiano”, segundo a taróloga.
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A origem e a evolução do Soft Witch
A estética Soft Witch tem raízes híbridas e multigeracionais. Sunna explica que ela surge da fusão de tradições herbais, práticas de bruxaria verde e movimentos contemporâneos como o cottagecore e o mindful living. Essa combinação traz uma atualização moderna da ideia ancestral de que a casa deve ser um templo, um espaço que restaura energias.
A pressão do mundo atual transformou o lar em um abrigo, e a taróloga destaca que a hiperconexão e o excesso de estímulos tornaram o lar “não apenas moradia, mas refúgio energético”.
Por que o Soft Witch está em alta?
Essa estética atende a três necessidades emocionais urgentes: conforto emocional, pertencimento espiritual e autocuidado intencional. O conforto é proporcionado por luz quente e texturas macias, enquanto símbolos discretos oferecem um sentido de pertencimento, mesmo para aqueles que não seguem uma religião.
O autocuidado se manifesta na criação de rituais simples no dia a dia. Assim, o Soft Witch se torna uma ferramenta emocional em tempos de ansiedade coletiva.
Soft Witch como uma forma de mindfulness
Embora não seja uma técnica formal, o Soft Witch funciona como um mindfulness intuitivo. Sunna explica que “cada elemento sensorial educa o corpo a voltar para o presente”. A chama da vela, o aroma natural e a textura macia ajudam a trazer a atenção para o agora.
Essa espiritualidade suave se torna um caminho acessível para a atenção plena, sem a necessidade de práticas elaboradas.
Elementos que definem o Soft Witch
Rafa Tarólogo detalha os principais símbolos e objetos dessa estética, que incluem:
- Velas em tons neutros ou âmbar
- Plantas vivas e secas
- Cristais e pedras naturais
- Tecidos macios como algodão, gaze, lã e linho
- Objetos naturais: madeira, flores, água
- Luz indireta e quente
- Aromas suaves: lavanda, sálvia, rosas, resinas
- Símbolos discretos como lua, sol, tarot ou runas
Esses elementos criam uma sensação de “acolhimento imediato”, conectando-se com a natureza. A paleta de cores do estilo inclui lavanda, rosé, verde sálvia, azul suave, nude, creme, além de dourado envelhecido e âmbar.
Como aplicar a estética sem exageros?
Uma dúvida comum é como equilibrar o místico e o funcional. Rafa sugere que “o principal segredo é a intenção”. É importante não sobrecarregar o ambiente com objetos místicos, mas sim escolher aqueles que fazem sentido pessoalmente. Ele recomenda integrar elementos à rotina, como velas que realmente iluminam, cristais usados como pesos de livro e plantas que purificam o ar.
O Soft Witch não exige que a casa se torne um altar, mas sim que acolha elementos sensoriais que dialoguem com a vida cotidiana.
Soft Witch como estilo de vida
Para Rafa, o Soft Witch é “uma estética com muita alma”, que vai além da decoração. O movimento representa um estilo de vida que valoriza ritmos lentos, rituais simples e presença diária. “Transformar o lar em um ambiente que gera cura, acolhimento e equilíbrio é o verdadeiro objetivo”, conclui.
A espiritualidade aqui é natural e leve, atraindo cada vez mais jovens adultos que buscam uma conexão mais íntima com a natureza.
