A Justiça do Trabalho em São Paulo condenou a rede Marabraz ao pagamento de 5 mil reais em indenização por corromper uma ex-gerente regional para apoiar Jair Bolsonaro à Presidência e Major Olímpio ao Senado nas eleições de 2018.

A ex-funcionária alegou que a empresa empregou uma “lista de eleitores” contendo dados do empregado e de seus familiares, que era preenchido e enviado ao superior antes das eleições, implicando um compromisso de voto nos candidatos indicados.

A profissional também declarou ter sido obrigada a trabalhar em seção eleitoral e utilizou suas redes sociais para demonstrar apoio à dupla. Há no processo menções a reuniões semanais com o objetivo de “garantir os votos, cobrar as pessoas que se comprometeram a votar nos candidatos”, segundo uma testemunha ouvida pela Justiça.

A rede Marabraz confirmou, ao ser instada a se manifestar, que um de seus proprietários manifestou apoio a dois candidatos nas eleições de 2018, mas negou ter imposto ou exigido voto da trabalhadora ou de outros empregados. Para a desembargadora Regina Celi Vieira Ferro, relatora do caso na Décima Turma do TRT-2, ficou comprovada a prática de coação. O julgamento ocorreu em 29 de julho.

A declaração oral demonstra o assédio eleitoral praticado pela ré, que consiste em atos de persuasão, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento ligados a uma eleição específica, conforme entendimento da magistrada, acompanhado pela maioria dos membros do colegiado. A conduta ilegal infringiu direitos fundamentais estabelecidos na Constituição Federal.

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A reportagem procura contato com a defesa da rede Marabraz para comentar a decisão. O espaço permanece aberto.

Fonte por: Carta Capital