A fibromialgia, síndrome que provoca dor generalizada no corpo e outros sintomas prejudiciais, tem levado a diagnósticos incorretos, avisam especialistas. A condição, que também pode envolver fadiga crônica, distúrbios do sono e alterações cognitivas, necessita de uma avaliação médica cuidadosa para sua confirmação.
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Conforme Waldenise Cossermelli, reumatologista e professora da Faculdade de Medicina de Jundiaí, não há exames laboratoriais específicos ou testes físicos definitivos para diagnosticar a fibromialgia. O diagnóstico se baseia primordialmente nos relatos do paciente acerca de dores difusas, desde que não haja sinais de inflamação ou alterações em exames de sangue.
Camila Magalhães, psiquiatra e pesquisadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica da USP, explica que a condição está relacionada a uma desregulação no sistema da dor. “Pessoas com predisposição podem desenvolver a doença após exposição a gatilhos traumáticos, situações angustiantes recorrentes ou estresse crônico”, esclarece.
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A especialista ressalta que pacientes com fibromialgia frequentemente exibem alterações no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, levando a níveis elevados de cortisol. Elementos como má qualidade do sono e estilo de vida estressante também podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome.
A intervenção pode envolver abordagens terapêuticas que auxiliem os pacientes a construir estratégias de enfrentamento mais eficazes. Conforme Magalhães, o acompanhamento terapêutico e o trabalho no controle do estresse frequentemente resultam em uma diminuição notável nos sintomas físicos da enfermidade.
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Fonte por: CNN Brasil