A disputa pela governadora de Minas Gerais foi adiada, impactando o resultado da eleição em nível nacional

Dandara Tonantzin foi afastada da disputa pela presidência estadual do PT devido a “irregularidades nas contribuições partidárias”.

06/07/2025 11:53

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A disputa pela governadora de Minas Gerais foi adiada, impactando o resultado da eleição em nível nacional
(Imagem de reprodução da internet).

O Diretório Nacional do PT adiou as votações para presidente nacional e estadual em Minas Gerais. Na noite de sábado (5.jul.2025), o partido informou ter recebido comunicação sobre decisão judicial que, em síntese, impedia a candidatura de Dandara Tonantzin. Seu registro havia sido questionado em razão de “inadimplência nas contribuições partidárias”. Segundo o partido, ela não teria quitado uma dívida no valor de R$ 130 mil.

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Dandara sustentou não ter tido a chance de apresentar uma defesa efetiva, ou seja, não pôde se manifestar com suas alegações e provas. Após apresentar suas partes do processo e comprovar que o erro ocorreu na instituição financeira, o TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) considerou que ela estava apta a concorrer à eleição.

A decisão de postergar o pleito foi motivada pela inviabilidade logística de incluir o nome da deputada federal nas cédulas já produzidas, impressas e distribuídas a mais de 700 municípios de Minas Gerais em tempo hábil para a eleição, prevista para as 9h deste domingo (6.jul).

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Ademais, a falta de tempo para a execução de todos os procedimentos preparatórios para a votação, fiscalização e apuração de resultados, juntamente com a inviabilidade política da insegurança que poderia ser imposta aos demais filiados ao PT, justificava a decisão.

Logo em seguida, o partido divulgou comunicado admitindo a candidatura de Dandara, que concorre à vaga com Juanito Vieira, Esdras Queiros e Marilene Alves de Sousa. Consulte a íntegra do comunicado juntamente com a decisão judicial (PDF – 185 kB).

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O Diretório Nacional convocou uma reunião extraordinária na terça-feira (8.jul), às 17h, na sede do partido, para definir nova data para o processo eleitoral no Estado, além da votação para a presidência nacional e os casos de judicialização por parte de filiados contra decisões internas do partido.

<h2 Partido dos Trabalhadores

O PT conduz, neste domingo (6.jul), eleições internas para escolher o novo presidente da sigla. Após um período de 12 anos, o partido retorna ao sistema de escolha direta, com votos dos associados. O segundo turno, caso seja necessário, ocorrerá em 20 de julho.

Além da eleição para presidente, a sigla renovará as diretorias nas esferas municipais e estaduais.

O Diretório Nacional aprovou em 7 de dezembro uma resolução com o calendário do que o partido denomina PED (Processo de Eleição Direta). De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atualizados até 4 de outubro de 2024, o partido possui 1.653.361 filiados.

A sigla utilizará cédulas de papel. O PT chegou a pedir urnas eletrônicas para a Justiça Eleitoral, mas somente 16 Estados autorizaram a concessão. Por isso, adotaram um modelo unificado. O resultado, tanto da presidência nacional do partido quanto dos Estados, deve ser divulgado ao longo da semana.

Em eleições anteriores, em 2017 e 2019, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi eleita e reeleita presidente do PT, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por meio de votação híbrida.

O biênio presidencial no PT tem duração de 4 anos, com possibilidade de uma única reeleição. Essa regra se aplica também a presidentes de diretórios estaduais e municipais. Trata-se de uma norma interna da legenda. A legislação brasileira não impede que partidos elejam seus líderes continuamente.

<h2 Candidatos

Quatro candidatos concorrem à vaga. O ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, é visto como o favorito. Ele conta com o apoio do presidente Lula e representa a corrente majoritária do partido, da CNB (Construindo um Novo Brasil).

Se eleito, Edinho, representante da CNB (Construindo um Novo Brasil), terá como uma de suas principais missões auxiliar na organização da campanha de Lula à reeleição e na definição das estratégias do PT para o Congresso. O deputado federal Rui Falcão, 81 anos, é tido como o principal opositor.

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.