A intensificação das tensões entre Estados Unidos e Venezuela tem suscitado discussões sobre seus potenciais impactos geopolíticos, notadamente em relação à China, parceira estratégica do governo de Nicolás Maduro. Contudo, analistas consideram que o conflito possui um caráter primordialmente regional.
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Américo Martins, correspondente da CNN em Londres, analisa que não se trata de uma mensagem direcionada a Pequim. “Os Estados Unidos têm muitos outros sinais para enviarem para a China”, observou, mencionando as negociações tarifárias em curso entre as duas potências como exemplo de comunicação direta.
Contexto regional
A análise indica que a tensão presente constitui um alerta para os países da América Latina que almejam maior independência em relação aos Estados Unidos. A mensagem aponta possíveis consequências para nações que adotem posições excessivamente autônomas, com Washington podendo implementar ações justificadas, por exemplo, no combate ao narcotráfico.
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A situação também reflete a complexidade da política externa americana contemporânea, caracterizada por posicionamentos por vezes contraditórios. Os Estados Unidos autorizaram o retorno das operações da petroleira americana Chevron em território venezuelano, ao mesmo tempo em que mantêm ameaças contra o regime de Maduro.
Influência política
Adicionalmente à análise desta tensão, observa-se o papel de Marco Rubio, o primeiro latino-americano a exercer a função de Secretário de Estado dos Estados Unidos. Originário de uma família cubana que partiu da ilha antes da revolução, Rubio mantém uma posição historicamente crítica em relação aos governos de orientação de esquerda na região, notadamente aqueles que mantêm relações próximas com Cuba.
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Analistas políticos já haviam previsto que a América Latina receberia atenção especial durante seu mandato, notadamente uma postura firme em relação aos governos considerados de esquerda.
Fonte por: CNN Brasil