Na área da alimentação saudável, a dieta mediterrânea é uma das mais recomendadas por especialistas. Originária de países como Itália, Grécia e Espanha, ela reflete os hábitos alimentares dessas populações ao longo de séculos: refeições simples, equilibradas e baseadas em alimentos frescos e sazonais.

A nutricionista Débora Palos, da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca, destaca que este é o ponto crucial para o sucesso. “A dieta mediterrânea não é sobre restrição, mas sim sobre equilíbrio e qualidade”, declara a especialista.

O que incluir na alimentação mediterrânea

A nutricionista explica que o cardápio mediterrâneo possui alguns pilares bem definidos. Ela afirma que o diferencial está justamente na simplicidade.

A chave da dieta mediterrânea reside em saborear a comida com tranquilidade, preferencialmente em boa companhia. Ela enfatiza o convívio à mesa, o respeito à cultura alimentar, a prática de atividade física e o equilíbrio entre descanso e alimentação, pois a forma e o ambiente em que se come são tão importantes quanto o que se consome, segundo Dória.

A nutricionista continua elencando os alimentos recomendados e aqueles que devem ser excluídos da dieta.

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A dieta mediterrânea oferece diversos benefícios à saúde, incluindo a redução do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer.

As vantagens desse padrão alimentar vão muito além da teoria. “Temos grandes estudos científicos que comprovam os benefícios da dieta mediterrânea”, aponta Débora.

A especialista menciona um estudo espanhol que monitorou mais de 7.400 indivíduos com risco cardiovascular: “Essa pesquisa demonstrou que a dieta mediterrânea diminuiu em aproximadamente 30% o risco de infarto, acidente vascular cerebral e morte cardiovascular quando comparada a uma dieta com baixa ingestão de gordura”.

Um outro marco para a nutricionista foi um estudo realizado na França. “Pacientes que já haviam sofrido um infarto e passaram a adotar a dieta mediterrânea apresentaram até 70% menos chances de novos eventos cardíacos. Foi uma das primeiras grandes evidências do poder cardioprotetor dessa alimentação”, afirma Débora.

A especialista ainda ressalta que a dieta pode prevenir doenças no coração. O azeite de oliva, as oleaginosas e os peixes são ricos em gorduras boas, que diminuem o colesterol ruim e elevam o bom. Além disso, compostos antioxidantes, como os polifenóis, auxiliam na redução da inflamação e do estresse oxidativo, que são gatilhos para problemas cardiovasculares.

Também aponta para os impactos sobre a pressão arterial e a glicemia. É um padrão alimentar rico em potássio, magnésio e fibras, nutrientes que auxiliam no controle da pressão. E, devido ao baixo consumo de açúcares simples e ultraprocessados, promove a melhora da sensibilidade à insulina e diminui o risco de diabetes tipo 2.

Como iniciar na prática

Dêbora recomenda mudanças simples e progressivas no dia a dia para quem deseja adotar o padrão mediterrâneo.

A dieta mediterrânea se destaca por ser equilibrada, saborosa e sustentável. “Não é uma dieta da moda. É um padrão alimentar que a ciência comprova como protetor do coração, da mente e da saúde como um todo”, resume Débora Palos. Segundo a nutricionista, o segredo está em olhar para a alimentação como parte de um todo.

Fonte por: CNN Brasil