A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quinta-feira (10.jul.2025) que “quem está colocando ideologia acima dos interesses do país” é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e “todos os cúmplices” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que estão celebrando a tarifa imposta pelos Estados Unidos ao Brasil.

“Apenas buscam ganho político que visam obter da chantagem ao presidente dos EUA, pois nunca se importaram de verdade com o país e o povo”, declarou Gleisi no X.

A crítica da responsável se refere à maneira como o governo articulou sua relação com o Congresso surge em reação à declaração feita pelo governador Tarcísio (9 de julho) logo após o anúncio do republicano Donald Trump sobre a tributação de 50% nos produtos importados do Brasil.

O governador declarou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve promover um esforço diplomático para solucionar a questão com maturidade política e visão de Estado, sem se disculpar com quem não está no poder.

Tarcísio afirma que “parece que o governo Lula ainda não compreendeu que ideologia e aritmética não se misturam. Resolver os problemas das pessoas, das nossas empresas, dos nossos exportadores é mais importante do que o revanchismo, a bravata e a construção de narrativas”.

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align=”center”>Trump justificou na carta a elevação da tarifa devido ao tratamento que o governo brasileiro dispensou a Bolsonaro, afirmando respeitá-lo “profundamente”. O ex-presidente é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado.

O republicano complementou que o Brasil mantém uma relação comercial “injusta” com os EUA e acusou o governo do presidente Lula de impor barreiras tarifárias e não tarifárias que prejudicam as exportações norte-americanas.

Lula afirmou que o Brasil implementará a Lei de Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025) em resposta à imposição de tarifa sobre produtos brasileiros.

A declaração de Lula, divulgada em sua página no X, indicou que qualquer aumento de tarifas realizado de forma isolada será analisado à luz da Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica. A sugestão de aplicação da lei já havia sido avaliada anteriormente, porém não fora previamente comunicada pelo governo.

A lei foi aprovada pelo Congresso em abril após o Dia da Libertação, momento em que Trump anunciou, em 2 de abril, a imposição unilateral de tarifas a vários países do mundo. Nesse dia, o Brasil foi taxado em 10%, com algumas isenções. A nova tarifa, divulgada nesta quarta-feira, entrará em vigor em 1º de agosto.

Fonte por: Poder 360