Delta Air Lines e United Airlines foram processadas na terça-feira (19) por passageiros que afirmaram ter pago valores adicionais para ocupar assentos “na janela”, mas foram realocados para locais próximos a paredes vazias.
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Ações coletivas foram movidas contra a United em um tribunal federal de São Francisco e contra a Delta em um tribunal federal de Brooklyn, Nova York, buscando milhões de dólares em danos para mais de um milhão de passageiros de cada companhia aérea.
Alguns aviões Boeing 737, Boeing 757 e Airbus A321 apresentam assentos que deveriam ter janelas, porém não as possuem em virtude da instalação de dutos de ar condicionado, condutores elétricos ou outros componentes.
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Clientes relataram que a Delta e a United não indicam esses assentos durante a reserva, ao contrário de concorrentes como a Alaska Airlines e a American Airlines, que cobram dezenas ou, em algumas situações, centenas de dólares por eles.
Os procedimentos indicam que indivíduos optam por assentos próximos às janelas devido a diferentes razões, como amenizar o medo de voar ou o enjoo, manter crianças entretidas, ter mais luminosidade ou observar paisagens.
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A United alegava que, se os autores e os membros da ação soubessem que os assentos que estavam comprando não tinham janelas, não os teriam escolhido – muito menos teriam pago a mais. A Delta apresentava uma reclamação com conteúdo similar.
A Delta possui sede em Atlanta e a United em Chicago. Nenhuma das duas empresas forneceu uma resposta imediata aos pedidos de comentários.
Serviços adicionais, como a escolha de assentos, taxas de bagagem, melhorias de cabine e acesso a salas VIP em aeroportos, auxiliam as empresas aéreas a aumentar sua receita, enquanto as tarifas básicas permanecem mais acessíveis.
A gestão da Delta é coordenada por Nicholas Meyer, de Brooklyn, e a da United por Marc Brenman, de São Francisco, e Aviva Copaken, de Los Angeles. Copaken declarou que a United compensou as tarifas pelos assentos sem janelas em duas operações aéreas, porém não em uma terceira.
Os passageiros podem utilizar sites como o SeatGuru para identificar os prós e contras de assentos específicos, incluindo aqueles sem janela.
Carter Greenbaum, advogado cujo escritório entrou com os dois processos, afirmou que a habilidade de obter informações em sites de terceiros não justifica a conduta da Delta e da United.
Ele afirmou em um e-mail: “Uma empresa não pode distorcer a natureza dos produtos que vende e depois depender de avaliações de terceiros para afirmar que o consumidor deveria saber que ela estava mentindo.”
Os casos são Meyer contra Delta Air Lines Inc, Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Leste de Nova York, número 25-04608; e Brenman et al contra United Airlines Inc, Tribunal Distrital dos EUA, Distrito Norte de São Francisco, número 25-06995.
Fonte por: CNN Brasil