A Ordem Executiva divulgada pelos Estados Unidos nesta quinta-feira (31) com as tarifas comerciais para diversos países manteve as exceções previstas no anexo 2 do ato executivo de 2 de abril, beneficiando não apenas o Brasil, mas também outros países que evitaram as tarifas adicionais.
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Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, em participação no WW, afirmou que vários setores brasileiros têm se esforçado para incluir-se na lista de exceções. Contudo, informações provenientes de Washington indicam um cenário preocupante, com aumento das pressões para intensificar as medidas contra o Brasil.
Pressões internas nos EUA
Empresas com interesses específicos e membros do grupo Make America Great Again exercem pressão contra os interesses brasileiros. Este último grupo busca estabelecer um precedente, considerando também situações similares, como o caso judicial na Colômbia.
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Desenvolvimento do processo judicial
Uma audiência recente na Corte Distrital da Colômbia demonstrou uma inclinação favorável aos importadores norte-americanos, sobretudo em relação à contestação do uso da Lei de Emergência Econômica pelos Estados Unidos.
A reunião indicou fortes indícios de que o tribunal pode se opor às tarifas adicionais, porém ainda não houve decisão definitiva. Mesmo que os importadores alcancem sucesso nesta instância, o caso poderá ser levado à Suprema Corte dos EUA, com julgamento previsto apenas para o segundo semestre de 2026. Até lá, as tarifas permanecerão em vigor.
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Apesar da possibilidade de o Brasil adicionar novos produtos à lista de exceções, Welber Barral considera o cenário instável. Existe risco real de expansão das barreiras comerciais, com a possibilidade, inclusive, de aplicação da Lei Magnitsky ao país, o que aumentaria ainda mais as tensões comerciais.
Fonte por: CNN Brasil