A defesa de Janja para o TSE já criticou o bolsonarismo nas redes
Com a confirmação, a advogada Vera Lúcia Santana Araújo se tornará a primeira mulher negra a exercer o cargo de ministra na Corte Eleitoral.

A ministra substituta do TSE, Vera Lúcia Santana Araújo, pode assumir uma cadeira permanente no tribunal, com o apoio da primeira-dama, Janja Lula da Silva. Segundo o O Globo, Araújo já utilizou seu perfil no Instagram para criticar o bolsonarismo e a operação Lava Jato.
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Integrante do Prerrogativas, coletivo de advogados próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Araújo escreveu em uma postagem em 12 de abril de 2022: “O bolsonarismo estupra crianças indígenas. Lula fortalece a luta dos povos indígenas. Está aqui a diferença”. O Poder360 procurou a publicação, mas ela foi excluída.
Araújo, na época, declarou que suas críticas não configuravam ataque à pessoa do presidente e que sua trajetória é muito maior que uma postagem no Instagram.
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Em 2023, ela republicou uma imagem produzida pelo Instituto Lula sobre os atos antidemocráticos do 8 de janeiro. “Venceremos democraticamente, punindo todos e todas!”
Designada pelo presidente como ministra substituta na Corte Eleitoral em 2023, sua confirmação como titular a permitirá participar dos julgamentos das eleições presidenciais de 2026, com Lula como candidato à reeleição.
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A advogada já havia sido incluída em uma lista tríplice para a vaga de ministra substituta no TSE em 2022. Contudo, aliados do então presidente Jair Bolsonaro (PL) perceberam que ela possuía um discurso de militância nas redes sociais em apoio a Lula.
Além das críticas ao bolsonarismo, Araújo também escreveu nas redes sobre a Operação Lava Jato. Em fevereiro de 2021, ela comentou uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que garantiu ao ex-presidente Lula acesso a mensagens privadas do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (Republicanos-PR) e procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Declarou: “É um bom começo do desmascaramento da corja curitibana sob o jugo do miliciano togado”, acompanhando uma imagem com a frase: “O Brasil precisa saber de toda a farsa da Lava-Jato”.
A ministra declarou que “O STF anulou todos os processos que envolveram o presidente Lula no âmbito da operação conduzida pela 13ª Vara Federal de Curitiba, ou seja, não há nada que eu possa comentar”.
Atualmente, o Tribunal Superior Eleitoral possui duas ministras titulares: Cármen Lúcia, presidente da Corte, e Isabel Gallotti, que se desligará do tribunal em novembro de 2025.
Ricardo Villas Bóas Cueva, do STJ, substituiria Gallotti, em conformidade com o critério de rodízio do tribunal.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.