A defesa da democracia demanda a habilidade de “condenar tendências autoritárias”, afirmam Lula e quatro líderes internacionais em artigo

O presidente viajará para o Chile neste domingo para discutir o combate à desinformação, o progresso da justiça social e as tecnologias.

20/07/2025 14:11

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A defesa da democracia demanda a habilidade de “condenar tendências autoritárias”, afirmam Lula e quatro líderes internacionais em artigo
(Imagem de reprodução da internet).

Um conjunto de presidentes progressistas divulgou um artigo em apoio à democracia neste fim de semana, também assinado pelo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto, publicado no domingo (20) no jornal Folha de S. Paulo, aborda o combate ao autoritarismo e a proteção das instituições e dos direitos básicos.

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Além de Lula, coautoria do artigo possui os presidentes Gabriel Boric, do Chile, Pedro Sánchez, da Espanha, Yamandú Orsi, do Uruguai e Gustavo Petro, da Colômbia.

Os autores sustentam que a democracia atravessa um período de grandes dificuldades em várias regiões do mundo, com a deterioração das instituições, o progresso de discursos autoritários e o aumento do desinteresse dos cidadãos, representando sinais de um problema grave em diversos segmentos da sociedade.

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A declaração destaca que a situação é marcada por “persistentes desigualdades, o retrocesso nos direitos fundamentais, a disseminação da desinformação e de discursos de ódio em plataformas digitais e a expansão de redes criminosas que desafiam a legitimidade do Estado”.

Diante do desafio, os líderes progressistas se comprometem a agir “com convicção e responsabilidade” contra aqueles que buscam o enfraquecimento da democracia. “Defender a democracia exige que sejamos capazes de repudiar as derivações autoritárias”, afirma o texto.

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Comitê global

O artigo destaca a convocação dos cinco governos para a Reunião de Alto Nível Democracia Sempre, que ocorre em Santiago nesta segunda-feira (21). O presidente Lula embarca ainda neste domingo para a capital chilena.

A reunião abordará questões como o reforço das instituições democráticas e da cooperação multilateral, a redução das desigualdades sociais e o enfrentamento da disseminação de notícias falsas e a regulamentação das novas tecnologias.

A cúpula busca consolidar uma posição conjunta a favor da colaboração global, um antídoto à postura do governo dos Estados Unidos, cujas recentes ações têm sido consideradas o gatilho para o aumento dos conflitos comerciais em âmbito mundial.

Uma das questões previstas para debate é o anúncio recente de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente estadunidense Donald Trump, que Lula qualificou como uma “chantagem inaceitável”.

As sugestões e debates da reunião serão encaminhadas para a próxima reunião, prevista para ocorrer em paralelo à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro.

Fonte por: Brasil de Fato

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.