A decisão judicial manteve a prisão de um indivíduo relacionado a um esquema de fraude online

João Roque foi preso sob suspeita de envolvimento em um ataque que causou o desvio de R$ 541 milhões de uma instituição financeira.

05/07/2025 8:17

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A decisão judicial manteve a prisão de um indivíduo relacionado a um esquema de fraude online
(Imagem de reprodução da internet).

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a manutenção da prisão de João Nazareno Roque, sob suspeita de envolvimento no maior golpe cibernético contra instituições financeiras do país.

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O ataque ocorreu nesta semana contra a empresa C&M Software e ocasionou um prejuízo de R$ 541 milhões à instituição de pagamento BMP.

A audiência de custódia sobre o suspeito teve como objetivo analisar se houve alguma irregularidade durante o arresto de Roque.

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João foi preso na última quinta-feira (3). Na sua residência, a polícia apreendeu dispositivos eletrônicos que auxiliarão na investigação. Além da prisão, o Ministério Público determinou o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para receber os valores desviados.

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Descubra como o golpe se iniciou.

De acordo com João Roque, o início do ataque hacker ocorreu em março, durante uma saída de bar no Jaraguá, bairro da Zona Oeste de São Paulo. Em seu depoimento, ele relatou ter sido abordado por outro homem, que teria manifestado interesse em conhecer os sistemas da empresa C&M Software, onde João trabalhava.

Para a Polícia Civil, o suspeito é um insider, pessoa que está dentro da estrutura e que oferece acesso para que outros possam invadir o sistema. Por possuir credenciais como funcionário de uma empresa que presta serviços a 23 instituições financeiras, ele permitiu que os hackers atuassem sem levantar suspeitas no momento da fraude.

O empregado da empresa obteve R$ 15 mil para facilitar a execução do golpe.

O policial informou que João admitiu ter recebido contatos de outros indivíduos e os ajudou a se infiltrarem no sistema, além de realizar transferências via PIX diretamente ao Banco Central.

A dinâmica do ataque hacker

As investigações indicam que João Roque disponibilizou login e senha para que criminosos efetuassem transferências eletrônicas em massa, totalizando R$ 541 milhões, para outras instituições financeiras.

A C&M monitora transações por meio do PIX entre a empresa vítima BMP e o Banco Central. De acordo com as investigações, a invasão teve início às 4h da manhã da última segunda-feira (30).

Com o acesso do funcionário da C&M para evitar suspeitas, os criminosos efetuaram as transferências das contas da BMP durante três horas. A polícia informou que uma terceira instituição financeira, cuja identificação não foi revelada, comunicou a suspeita à BMP.

A polícia considera o ataque hacker como o maior golpe cibernético do país.

Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.