A extensa operação realizada na quinta-feira (28) revelou um quadro alarmante sobre o nível de infiltração das organizações criminosas e sua expansão.
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A organização criminosa que controla territórios, controla populações, manipula e trafica drogas, e o resultado de contrabando e roubo de cargas, já foi amplamente superado pela ação das facções expostas pela operação. É quando o produto original do crime é lavado, converte-se em negócios legais – ou com aparência legal – e, então, faz parte da economia formal.
A denominação de “crime organizado” se justifica plenamente somente quando este se infiltra, corrompe, assume o controle e ocupa segmentos da política, das instituições de Estado e dos sistemas de prestação de serviços, como o da venda de combustíveis e o setor financeiro.
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Também foram preocupantes as reações políticas à operação policial. Com os olhos voltados para as eleições de 2026, as esferas federal e estadual disputaram entre si a paternidade da investigação e da operação, que envolveram coordenação entre diversas instâncias. O governo Lula, que utiliza o nome da avenida Faria Lima para designar críticos de sua política fiscal, parece ter encontrado uma maneira de afirmar que seus adversários políticos atuam em conluio com o crime organizado. Por exemplo, ao criticarem a fiscalização do Pix, já que a lavagem de dinheiro é uma prática bem mais antiga do que esse novo meio de pagamento.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que a megaoperação realizada nesta quinta-feira (28) foi a maior da história. Na verdade, o crime organizado nunca se manifestou com tanta força, poder e abrangência como atualmente.
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O Brasil enfrenta um grave risco de se tornar um Estado falido, caso não seja revertida a situação apresentada pela megaoperação.
Fonte por: CNN Brasil