A crescente desconfiança entre países em relação à assistência humanitária fornecida à Faixa de Gaza

Enclave palestino reporta mortes de indivíduos buscando assistência durante ataques.

28/07/2025 12:57

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(Imagem de reprodução da internet).

É difícil explicar o nível de indiferença e omissão que temos observado. Há ausência de compaixão, de verdade e de humanidade. Com essas palavras, o secretário-geral da ONU, António Guterres, resumiu o clima entre os líderes internacionais diante da crise humanitária que se aprofunda na Faixa de Gaza.

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O comentário ocorreu na assembleia da Anistia Internacional, na qual Guterres denunciou a ausência de respostas efetivas da comunidade internacional à tragédia que se alastra no enclave palestino.

A suposta iniciativa israelense de auxiliar a área destruída pelas forças de Benjamin Netanyahu é vista com cautela. Ao fim de semana, as Forças de Defesa de Israel divulgaram imagens de um lançamento aéreo de pacotes com alimentos naquela região.

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A iniciativa israelense envolve um esforço coordenado com agências internacionais para facilitar a chegada de assistência à população civil. Conforme o comunicado oficial, sete remessas contendo farinha, açúcar e alimentos enlatados foram lançadas, sob a liderança do COGAT – Órgão Militar Israelense responsável pela coordenação dos territórios palestinos.

Antes de anunciar uma suspensão de dez horas em sua ofensiva militar no domingo 27, Israel divulgou imagens e vídeos da operação humanitária, assegurando ainda “corredores seguros” para a entrega de ajuda. A ação, contudo, foi rapidamente criticada.

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A Fundação Humanitária da Grã-Bretanha (GHF) iniciou uma distribuição independente de suprimentos. Contudo, as pessoas que buscam essa assistência não estão longe de áreas de conflito: mais de mil palestinos teriam falecido ao tentar obter alimentos desde o final de maio.

Fonte por: Carta Capital

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.