A contagem de vítimas fatais sobe para 31 após ataque russo a Kiev

Segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (01/08) pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, o número de mortos elevou-se para 31 em decorrência de um ataque russo com drones e mísseis na capital do país, Kiev, ocorrido na madrugada de quarta para quinta-feira. Pelo menos 159 pessoas ficaram feridas.

Até o momento, foram confirmadas 31 mortes, incluindo cinco crianças, sendo que a mais nova tinha apenas dois anos. As condolências às famílias e entes queridos, escreveu Zelenski em sua conta na rede social X, onde também informou que 16 crianças ficaram feridas.

Zelenski divulgou a mensagem após receber um relatório do ministro do Interior ucraniano, Igor Klimenko. Ele classificou o ataque como um “golpe vil” da Rússia que demonstra “a necessidade de aumentar a pressão sobre Moscou” por meio de mais sanções.

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Apesar da negação do Kremlin, as sanções são eficazes e precisam ser intensificadas. Elas devem ser direcionadas contra todos os elementos que possibilitem a continuidade desses ataques”, declarou Zelenski.

A Força Aérea da Ucrânia relata que o ataque russo envolveu 309 drones e oito mísseis de cruzeiro. Destes, 288 drones e três mísseis de cruzeiro foram interceptados.

O foco principal foi a capital ucraniana, onde mísseis danificaram a parte frontal de um edifício de nove andares. Em outra ocorrência, na área de Zaporizhzhia, no sudeste do país, um homem de 63 anos faleceu após o edifício onde se encontrava ser atingido por uma granada.

Zelenski solicita a atuação da ONU.

A Ucrânia promoveu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para esta sexta-feira à tarde. O objetivo é reunir apoiadores e intensificar a pressão sobre a Rússia, buscando o fim da guerra.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, afirmou que a reunião poderá servir como um espaço para que os países manifestem seus posicionamentos em relação ao conflito.

Putin rejeita os esforços de paz e busca prolongar sua guerra. O mundo possui a força necessária para detê-lo, por meio da pressão conjunta e de uma posição de princípio a favor de um cessar-fogo total, imediato e incondicional, disse Sybiha, em informação publicada no jornal britânico The Guardian.

Julho registra maior número de incidentes envolvendo o uso de drones.

O presidente da Ucrânia também divulgou um balanço do número de bombardeios russos contra o país no último mês: “Só em julho, a Rússia utilizou mais de 5.100 bombas de precisão contra a Ucrânia, mais de 3.800 drones ‘Shaheds’ e quase 260 mísseis de diferentes tipos, 128 deles balísticos”.

A Força Aérea da Ucrânia registrou um recorde de ataques com drones no período, utilizando 6.297 drones de longo alcance e atacando durante todas as noites do mês.

Moscou empregou 16% a mais de drones contra a Ucrânia em junho. Adicionalmente, os ataques registraram um aumento contínuo no mês de julho.

Em junho deste ano, o Exército russo lançou um número maior de mísseis contra o país vizinho, conforme informações ucranianas.

Zelenski enfatizou que isso só pode ser evitado através dos esforços conjuntos dos Estados Unidos, da Europa e de outros atores globais.

O presidente dos EUA, Donald Trump, que recentemente definiu um novo prazo para a Rússia cessar a invasão até 8 de agosto, declarou aos jornalistas que considera “repugnante” o que os russos estão fazendo.

gb/md (EFE, dpa, AFP, ots)

Fonte por: Carta Capital