A compulsão alimentar e a distinção em relação ao exagero

O conceito de compulsão alimentar tem se tornado mais comum, com muitas pessoas relatando vivenciá-lo. Contudo, há grande confusão entre a compulsão alimentar e o excesso alimentar, e muitos não sabem buscar auxílio.

Neste artigo, apresento o que é a compulsão alimentar, as distinções em relação ao exagero e ao comer emocional, além de discutir como deve ser o tratamento adequado para a compulsão alimentar.

O que é compulsão alimentar?

A compulsão alimentar é um tipo de transtorno alimentar que engloba pessoas que consomem grandes quantidades de alimentos de maneira incontrolável e excessiva em um período de até duas horas, com episódios semanais e/ou recorrentes.

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Durante o episódio, observa-se o sentimento de perda de controle do comportamento, podendo levar a culpa ou emoções negativas após o ocorrido, devido à falta de respeito aos sinais de saciedade do corpo.

Assim, os episódios compulsivos podem ser provocados por alimentos específicos, como doces, ou qualquer outro tipo de alimento consumido em excesso e de maneira repetitiva.

Qual a distinção entre compulsão e exagero?

A ocorrência de compulsão alimentar é frequentemente confundida com episódios de excesso alimentar. A distinção reside na quantidade de alimento consumida e na sua frequência.

Diferentemente da excessão alimentar, na compulsão, a quantidade ingerida é substancialmente maior, o consumo é incontrolável e o indivíduo não consegue interromper a alimentação, mesmo reconhecendo ter excedido sua sensação de saciedade.

Podemos exagerar no consumo de alimentos em festas, ocasiões especiais ou com certos alimentos de maneira ocasional. E isso está tudo bem.

Entretanto, quando se constata que o ato de comer não respeita os sinais de saciedade, ou seja, come excessivamente além da necessidade do corpo naquele instante, com a sensação de falta de controle e incapacidade de interromper o consumo, configura-se um alerta.

Se houver ocorrência semanal ou com alta frequência, é necessário buscar ajuda. Ou, mesmo se você ficar com dúvidas entre exagero ou compulsão, é essencial buscar uma avaliação com um profissional psiquiatra para um diagnóstico correto.

O que implica o ato de comer por emoções.

O consumo emocional está sempre ligado às emoções, sejam elas positivas ou negativas, e a pessoa utiliza a comida para aliviar frustrações, estresse, angústias ou outros sentimentos.

É comum associar lembranças e sentimentos à comida, contudo, essa prática pode ser prejudicial quando se transforma em uma forma de evitar emoções, podendo levar a comportamentos compulsivos.

Assim sendo, gerenciar suas emoções e compreender a origem do seu consumo alimentar é essencial.

Qual o impacto do pensamento sobre o comportamento alimentar?

Apresentarei dois exemplos.

Exemplo 2

Para que um comportamento seja alterado, é necessário compreender os pensamentos e crenças que fundamentam cada ação.

Ao explorar novas abordagens em relação à alimentação e à sua relação com a comida, é possível aprimorar essa relação e alcançar a tranquilidade em suas decisões.

Qual tratamento para a compulsão alimentar

O tratamento para a compulsão alimentar requer acompanhamento multidisciplinar, com profissionais especializados em transtornos alimentares, incluindo nutricionista, psicólogo e psiquiatra.

Preferencialmente, um nutricionista comportamental, sem utilizar dietas ou contagem de calorias, a fim de não agravar a situação.

Entre as ferramentas que podem ser utilizadas para o tratamento da compulsão alimentar:

Ademais, é fundamental tratar dessa questão sensível com delicadeza e empatia, tendo em vista que profissionais atenciosos estão disponíveis para auxiliar.

Fonte por: Personare