A arquitetura ARM, notória pela sua eficiência energética, apresenta uma relação complexa com o sistema Windows. Embora tenha se adaptado bem a chips como o Snapdragon X, ainda é reconhecida por apresentar problemas de compatibilidade que dificultam a execução de diversos aplicativos.

Contudo, Chris Bergey, vice-presidente sênior e gerente geral da divisão de produtos para clientes da ARM, acredita que se trata de um problema solucionado. Em uma entrevista à PC Gamer, ele explicou que questões de compatibilidade ainda merecem atenção, porém se tornaram mínimas.

Acredito que ainda existem muitas preocupações, mas o que estamos vendo tem sido muito animador, explicou. Quero dizer, acho que a Microsoft apresentou vários tipos de provas — sabe, eles obviamente têm muita telemetria. O usuário médio passa cerca de 93% de seu tempo agora com aplicativos nativos do ARM, e os outros que não são nativos têm um desempenho muito bom.

Contudo, a estatística não considera a quantidade de aplicativos que um indivíduo pode utilizar – o que Bergey também não vê como uma questão. Segundo ele, o emulador Prism evoluiu significativamente e é capaz de assegurar a compatibilidade e o bom desempenho de diversos softwares.

ARM, Windows e a questão dos jogos

Durante a entrevista, Bergey identificou que a arquitetura ARM ainda é um desafio para usuários que desejam utilizar o Windows para jogos. Ele explica que o principal problema reside nos sistemas anti-cheat implementados por diversas empresas, que utilizam chaves de registro em seu funcionamento.

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Bem, esses registros não existem na arquitetura. São uma espécie de registros de legado que não são necessários. Então é isso que deu o pontapé nessa coisa de anticheats. Tivemos que trabalhar com a Microsoft e parceiros para adequar essas coisas… eu acredito que é uma jornada, mas eu penso que a experiência de muitos usuários é boa.

Chris Bergey, da ARM

O executivo também acredita que a situação dos games irá melhorar à medida que mais desenvolvedores adotam uma postura neutra. Contudo, ele reconhece que isso implica em mais trabalho e o sucesso da empreitada só virá com algum incentivo da indústria.

Para Bergey, a situação deverá se assemelhar a um estúdio que oferece suporte tanto a GPUs da AMD quanto da NVIDIA. “No final das contas, faz parte do melhor interesse dos desenvolvedores dar suporte a ambos”, explicou. As grandes empresas investindo cada vez mais nessa arquitetura aumentam a probabilidade de que isso se torne uma realidade.

Arquitetura ARM comemora 40 anos com 250 bilhões de chips enviados.

Fonte por: Adrenaline