A companhia aérea TAP Air Portugal negou, em comunicado, que o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, tenha recebido tratamento diferenciado em voo de Lisboa para o Brasil. A alegação foi apresentada pelo jornalista da Revista Oeste e docente da Faap (Fundação Armando Alvarez Pentta), Tiago Pavinatto.

Pavinatto relatou, no X, que o transporte para o embarque dos passageiros da classe executiva demorou 20 minutos “sob o sol escaldante”. A razão estaria no atraso da chegada de Lewandowski em uma van reservada para ele e sua esposa, Yara de Abreu.

O jornalista na rede social afirmou que um funcionário da TAP “mentiu aos passageiros” ao justificar a espera, alegando que os assentos da executiva estavam sendo preparados para a entrada dos passageiros.

A companhia aérea declarou, em comunicado ao jornal digital, que o casal não recebeu vantagens específicas em relação aos demais passageiros. A TAP confirmou também a informação fornecida por um empregado da empresa, de que o atraso na autorização para embarcar seria consequência da limpeza da cabine executiva.

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Ademais, o ministro alegou ter sido a causa do atraso e afirmou não ter passado pela fiscalização de bagagem realizada pela Polícia Federal. “Questiono-me se a esposa do ministro da Justiça declarou os bens adquiridos em Portugal, uma vez que, como vi pessoalmente, ela solicitou validação alfandegária em Lisboa para receber o ‘tax refund’”, escreveu.

A Poder360 contatou Tiago Pavinatto e Ricardo Lewandowski por meio de redes sociais, aplicativos de mensagem e ligação telefônica e aguardou manifestações sobre as acusações de Pavinatto. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.

Segue a íntegra da nota da TAP enviada ao Poder360:

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e sua esposa não tiveram nenhum privilégio deliberado em relação aos demais passageiros. O ministro também aguardou para acessar a aeronave, o que só foi possível após a limpeza da classe executiva do voo. Os demais passageiros foram liberados a entrar no avião depois que o restante da aeronave passou pela mesma limpeza. Dessa forma, o atraso ocorreu devido à limpeza promovida pela companhia, que liberou a classe executiva antes da classe econômica. Contudo, cabe salientar que o voo não sofreu atrasos e partiu no horário previsto.

Ministros do governo Lula já utilizaram aeronaves da Força Aérea Brasileira para viagens.

Fonte por: Poder 360