A comercialização de automóveis recém-fabricados no Brasil apresentou aumento em julho, impulsionado pela antecipação de aquisições

A comercialização de automóveis e veículos leves registrou 229.950 unidades em julho, com a diminuição da tributação influenciando positivamente esses r…

04/08/2025 18:15

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(Imagem de reprodução da internet).

O volume de emplacamentos de veículos de passeio e comerciais leves aumentou no Brasil em julho em comparação com o mesmo período do ano anterior e em relação a junho, devido à diminuição da carga tributária implementada no início do mês, conforme anunciou a Fenabrave na segunda-feira (4).

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As vendas de automóveis e veículos leves em julho atingiram 229.950 unidades, representando um aumento de 13,75% em relação a junho e um avanço de 1,18% em relação ao ano anterior. No período de janeiro a julho, o volume de vendas do segmento cresceu 4,4%, totalizando 1,36 milhão de unidades.

O programa Carro Sustentável, lançado pelo governo federal em julho, diminuiu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que o presidente da Fenabrave alegou ter impulsionado o aumento das vendas.

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A nova política de IPI para automóveis afetou os preços dos veículos de entrada, o que impulsionou a demanda já no mês da sua implementação e deve se refletir nos emplacamentos do restante do ano, fazendo com que o setor mantenha o crescimento estimado pela Fenabrave, de 5%, afirmou Arcelio Junior em comunicado à imprensa.

As vendas de caminhões novos encerraram julho com aumento de 25,7% em relação a junho, fato atribuído, em parte, ao maior número de dias úteis de emplacamentos no mês anterior.

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Em comparação com julho de 2024, as vendas de caminhões novos diminuíram 5%.

O presidente da Fenabrave afirmou que, além do fator dias úteis, a redução na expectativa de volume total de emplacamentos para o ano motivou fabricantes e concessionárias a adotarem uma postura mais agressiva nas vendas, visando acelerar o giro dos estoques.

Em 2023, o setor de caminhões registrou uma queda de 3,85% nas vendas, totalizando 63.9 mil veículos. A Associação Nacional do Setor de Transporte Rodoferroviário e Logística (Fenabrave) projeta uma redução de 7%, devido ao cenário de juros altos que impacta os investimentos.

Em julho, as vendas de veículos novos, compreendendo caminhões e ônibus, atingiram 243,2 mil unidades, representando um crescimento de 14,25% em relação a junho e um aumento de 0,8% em comparação com o mesmo mês de 2024, conforme informações da entidade. O resultado acumulado indica um crescimento de 4,1% nos emplacamentos em relação ao ano anterior, totalizando 1,44 milhão de unidades.

O volume de emplacamentos de veículos híbridos e elétricos aumentou 17,9% em julho em relação a junho e subiu 64,3% na comparação anual, totalizando 139,2 mil licenciamentos de janeiro a junho, com um crescimento de 47,2%, conforme os dados da organização.

A BYD, líder no mercado de veículos híbridos e elétricos no período de janeiro a dezembro, registrou vendas de 28.561 unidades híbridas e 28.821 elétricas.

A Fiat, da Stellantis, lidera o ranking de híbridos, com 24.666 unidades vendidas no período acumulado do ano. Em veículos elétricos, a Volvo ocupa a segunda posição, registrando 2.927 vendas de janeiro a julho.

A GWM alcançou a terceira posição nos rankings de híbridos e elétricos da Fenabrave, com vendas de 17.631 e 1.560 veículos, no acumulado do ano.

A Fenabrave apresentou dados de máquinas agrícolas, com tratores indicando crescimento de 9% em junho em relação ao ano anterior, totalizando na primeira metade da expansão de 19,7%, segundo a entidade, que não mencionou valores individuais. “O cenário permanece, com alguns segmentos do agro investindo e outros em posição mais conservadora”, declarou Arcelio Junior.

As vendas de colheitadeiras subiram 44% em relação a junho de 2024, impulsionadas pela época da colheita de milho, com avanço de 7,1% no acumulado do semestre em comparação com o ano anterior.

O Brasil detém a maior fatia de vendas de veículos elétricos na América Latina.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.