A CNA e a bancada do agronegócio criticam a incerteza em relação ao seguro rural
A falta de informações foi lamentada pela Confederação e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Seguro Rural no Plano Safra 2025/2026
A ausência de informações sobre o seguro rural no Plano Safra 2025/2026, divulgado nesta terça-feira (1º), foi criticada pelo setor privado e pela FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária).
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O diretor técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Bruno Lucchi, classificou a falta de atenção como “descaso” e apontou para o risco de proteção inadequada para um grande número de produtores.
Os recentes cortes no seguro rural – que envolveram R$ 445 milhões entre bloqueio e contingenciamento em meados de junho – podem reduzir a área protegida a apenas 4 milhões de hectares.
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Em 2021, segundo ele, quase 14 milhões de hectares eram cobertos por apólices. “É uma queda muito grande e expõe mais os produtores aos riscos do clima”, afirma Lucchi.
O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), intensificou a solicitação.
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O governo não mencionou o seguro rural no lançamento do plano. Parece ser algo secundário. No entanto, sem seguro, o produtor fica vulnerável e o país acaba discutindo dúvidas e renegociações, afirmou.
Conforme a frente parlamentar, que cita dados do Portal da Transparência, apenas R$ 67 milhões dos R$ 1 bilhão previstos no orçamento para o seguro rural em 2025 foram executados até o momento.
A CNA solicitou um orçamento anual de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões para o programa.
O seguro rural é uma maneira de reduzir a vulnerabilidade dos produtores a perdas causadas por eventos naturais que afetam a produção, como enchentes e secas severas.
Ao contratar o seguro, o corretor transfere seus riscos para uma seguradora. Devido ao custo geralmente elevado, devido às características específicas do setor agropecuário, o governo disponibiliza um subsídio por meio de um programa orçamentário (conhecido como PSR).
Na prática, trata-se de um auxílio financeiro destinado à contratação da apólice.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta terça-feira que o governo tem a possibilidade de liberar os recursos destinados ao seguro rural caso haja necessidade na nova safra.
Em reunião no Palácio do Planalto, após a divulgação do plano, Fávaro defendeu a “modernização” do programa.
Segundo o ministro, o endividamento dos produtores gaúchos, causado por problemas climáticos, demonstra uma falha no funcionamento do seguro rural. Se o seguro estivesse operando adequadamente, não haveria dívidas.
Fávaro também afirmou que elevar a participação do governo na equalização das apólices não deve ser a única solução para modernizar a política pública.
Ele reiterou a proposta de tornar obrigatório o seguro rural para todos os produtores que obtiverem crédito com juros subsidiados pelo Plano Safra.
O Brasil apresenta a segunda taxa de juros reais mais elevada do planeta, em decorrência do aumento da taxa Selic.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.