A C&M Software afirma ter retomado suas atividades após obter aprovação do Banco Central
A C&M Software afirma que as funcionalidades estão em “regime de produção controlado” após o ocorrido.

A C&M Software comunicou, na quinta-feira (3.jul.2025), que retomou suas atividades após os ataques cibernéticos que resultaram na perda de R$ 800 milhões em oito instituições financeiras. A empresa havia sido desligada a solicitação do Banco Central. A autoridade monetária não confirmou o restabelecimento das operações da empresa.
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A autoridade monetária liberou as transações “sob regime de produção controlada”. O capital foi retirado das contas de reserva, mantidas pelas entidades financeiras junto ao Banco Central para quitar operações no SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro). Essas contas registram a entrada e a saída de recursos das instituições habilitadas a operar. São essenciais para realizar o Pix, transferências bancárias (TED) e demais operações.
A C&M Software informou ter sido vítima de um ato criminoso que compreendeu o emprego incorreto de dados de acesso de clientes em tentativas fraudulentas de acesso.
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A empresa prestadora de serviços afirmou que todas as medidas previstas em seus protocolos de segurança foram implementadas, incluindo o reforço de controles internos, auditorias independentes e comunicação direta com os clientes impactados.
O Banco Central determinou, na quarta-feira (2.jul.2025), que a C&M desligaria o acesso das instituições às infraestruturas operadas por ela. Os sistemas de segurança da autoridade monetária não foram violados, conforme apurou o Poder360.
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A C&M Software oferece serviços de tecnologia para instituições que não dispõem de meios de conexão próprios. O Poder360 apurou que nenhum grande banco sofreu impacto com a invasão.
Apesar do foco da invasão ter sido na C&M Software, as investigações das autoridades examinarão se as instituições financeiras afetadas agiram com negligência em relação à segurança de seus sistemas. Será avaliado pelo Banco Central se o dano do ataque comprometerá as operações das empresas financeiras. Realizar-se-á uma análise para verificar se a companhia dispõe de ativos suficientes para cobrir os valores dos clientes nas contas.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.