As vendas chinesas para os Estados Unidos diminuíram 34,5% em valor durante o mês de maio, representando a maior redução desde fevereiro de 2020.
A expansão das exportações da China diminuiu para o menor patamar em três meses, devido ao impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A deflação para o produtor atingiu o pior nível em dois anos, intensificando as dificuldades da segunda maior economia do mundo, tanto internamente quanto no âmbito das exportações.
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Nas últimas duas semanas, a guerra comercial global do presidente dos EUA, Donald Trump, e as flutuações nos laços comerciais entre a China e os EUA, levaram os exportadores chineses, juntamente com seus parceiros comerciais em todo o Pacífico, a uma instabilidade e afetaram o crescimento mundial.
As tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre remessas revelaram dados alfandegários que indicaram uma queda de 34,5% nos embarques da China para os EUA em maio, em valor, a maior variação desde fevereiro de 2020, período em que a pandemia de Covid-19 impactou o comércio mundial.
As exportações totais da potência econômica asiática subiram 4,8% no mês passado em comparação com o mesmo período do ano anterior em valor, desacelerando em relação ao salto de 8,1% em abril e ficando abaixo do crescimento de 5% esperado em uma pesquisa da Reuters, revelaram dados alfandegários nesta segunda-feira, apesar da redução das tarifas dos EUA sobre produtos chineses que entrou em vigor no início de abril.
É provável que os dados de maio tenham continuado a ser afetados pelo período de pico das tarifas, afirmou Lynn Song, economista-chefe do ING para a Grande China.
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Song afirmou que a antecipação de envios persistiu em razão dos riscos tarifários, ao mesmo tempo em que o aumento das vendas para outras regiões além dos Estados Unidos contribuiu para manter as exportações da China.
As importações registraram aumento de 3,4% em comparação com o ano anterior, acentuando a retração de 0,2% em abril, que se mostrou pior do que a queda projetada na pesquisa da Reuters de 0,9%.
As exportações registraram um aumento de 12,4% em março e 8,1% em abril, em comparação com o ano anterior, devido à rapidez com que as fábricas enviaram produtos para os Estados Unidos e outros fabricantes internacionais, buscando contornar as altas tarifas implementadas por Trump contra a China e outros países.
Apesar de exportadores chineses terem identificado um certo alívio em maio, com Pequim e Washington concordando em suspender a maioria das tarifas por 90 dias, as tensões entre as duas maiores economias do mundo permanecem elevadas e as negociações seguem em curso sobre temas que abrangem desde os controles de terras raras da China até Taiwan.
Os representantes comerciais da China e dos Estados Unidos se reunirão em Londres nesta segunda-feira para retomar as negociações após um telefonema entre seus principais líderes na quinta-feira.
As importações americanas de produtos chineses também diminuíram, reduzindo-se em 18,1%, após uma queda de 13,8% em abril.
O superávit comercial da China atingiu US$ 103,22 bilhões em maio, superando os US$ 96,18 bilhões registrados no mês anterior.
Os valores de preços para o produtor e o consumidor, apresentados pelo Escritório Nacional de Estatísticas na mesma data, indicaram o agravamento das pressões deflacionárias no mês anterior.
O índice de preços ao produtor recuou 3,3% em maio em comparação com o ano anterior, após uma redução de 2,7% em abril, registrando a maior queda em 22 meses. A expectativa de pesquisa da Reuters era de uma queda de 3,2%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor recuou 0,1% no mês passado em comparação anual, repetindo a mesma taxa de abril e antecipando queda de 0,2%.
Os preços ao consumidor apresentaram queda de 0,2% no mês, em comparação com alta de 0,1% em abril, conforme previsto por economistas da Reuters.
A demanda interna do lar permanece um fardo para a economia chinesa, mesmo com as políticas de apoio recentes.
O Brasil ocupa a primeira posição em vendas de veículos elétricos na América Latina.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.