A China alcançou 48 mil quilômetros de ferrovias de alta velocidade até o final de 2024, correspondendo a 70% da rede mundial desse tipo.

Em 2025, a meta é alcançar 50 mil km, cobrindo mais de 97% das cidades com mais de meio milhão de habitantes. Para 2035, o objetivo é que a rede de trens de alta velocidade atinja 70 mil km.

Os dados foram compartilhados na 12ª Conferência Internacional de Ferrovias de Alta Velocidade, realizada em Pequim entre 8 e 11 de julho de 2025, com a presença de participantes de aproximadamente 60 países.

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A FC firmou acordos de cooperação com órgãos ferroviários da França, Espanha, Cazaquistão, Azerbaijão, Uzbequistão, Bielorrússia, Laos e Malásia.

Atualmente, os trens de transporte de passageiros mais utilizados na China são os modelos CHR Harmony e Fuxing.

Os Harmony foram lançados em 2007 e foram desenvolvidos utilizando tecnologias do Japão, França, Canadá e Alemanha.

O Fuxing, que teve sua estreia em 2017, é o primeiro trem de alta velocidade totalmente desenvolvido na China.

Uma de suas principais características é que todos ou vários vagões possuem motores, diferente das locomotivas tradicionais onde o motor está no primeiro vagão, responsável por puxar todo o veículo.

A indústria ferroviária de alta velocidade engloba tecnologias como trilhos e infraestrutura, energia, aerodinâmica e propulsão dos trens, além de sistemas de gestão e monitoramento.

A pesquisa aborda a inclusão de infraestrutura, como a edificação de linhas, pontes e túneis – o que denominamos de “linha-ponte-túnel”, que representam os componentes fundamentais dessa infraestrutura. Adicionalmente, contempla o sistema de alimentação por catenária, que consiste na fixação aérea para fornecer energia elétrica aos trens.

Um dos recentes avanços da China em tecnologia ferroviária de alta velocidade é o trem CR450, que foi apresentado no final do ano passado e ainda se encontra em fase de testes. O novo veículo chinês possui velocidade de projeto de 450 km/h e velocidade operacional de 400 km/h.

A chefe de pesquisa da Academia Chinesa de Ciências Ferroviárias, Zhao Hongwei, ressalta algumas das novidades que a nova tecnologia apresenta. Apresentando um CR450 que se encontra à frente, ela afirma que este novo modelo de trem-bala possui características de velocidade superior, maior segurança, maior eficiência energética, maior conforto e maior inteligência.

A pesquisadora também explica que o novo modelo diminui a resistência ao movimento em 22%, o que possibilita que o trem economize 20% de energia. “Dessa forma, seu consumo operando a 400 km/h é praticamente equivalente ao do CR400 operando a 350 km/h”, explica Zhao.

O Trem de Inspeção Integral de Alta Velocidade tem como função principal a realização de avaliações técnicas periódicas da infraestrutura ferroviária. Este veículo é capaz de monitorar em tempo real mais de cem parâmetros distintos, incluindo os trilhos, o sistema de catenária e os equipamentos de comunicação e sinalização.

É a Plataforma de Teste de Pantógrafo-Catenária de Alta Velocidade. O pantógrafo é o dispositivo localizado no teto do trem que entra em contato com o cabo aéreo, denominado catenária, responsável por transmitir energia elétrica. A plataforma permite realizar testes em velocidades de até 530 km/h.

A outra é a Plataforma de Teste de Sapatilha-Trilho de Coletor. Trata-se de outro sistema de alimentação energética dos trens, neste caso a sapatilha é um dispositivo do trem que entra em contato com um trilho que transmite a energia. O sistema é mais adequado para baixas velocidades. No caso da plataforma chinesa, ela consegue testar velocidades de trens e metrôs de até 200 km/h.

Fonte por: Brasil de Fato