Especialista do WW revela que política chinesa tem impacto na indústria americana, influenciando a produção de eletrônicos, automóveis e equipamentos militares.
A China aumentou a pressão sobre os Estados Unidos ao estabelecer restrições mais severas na exportação de metais raros, o que gera preocupações significativas na indústria industrial americana.
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Roberto Dumas, professor de economia chinesa do Insper, durante sua participação no WW, afirma que os chineses “manipularam a dieta do corpo dos EUA”, referindo-se à importância estratégica desses materiais para a economia americana.
Apesar do volume de exportações desses minerais não ser expressivo em valor (aproximadamente 170 milhões de dólares), o impacto é notável em vários setores da economia americana.
A preocupação reside no provável esgotamento de metais raros cruciais para a fabricação de smartphones, automóveis, eletrônicos e diversos produtos eletrônicos.
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O Centro de Estudos Estratégicos Internacionais adverte que as empresas americanas dispõem de aproximadamente dois meses de reservas desses minerais.
A situação é particularmente crítica para o setor automotivo, com algumas montadoras já paralisando suas linhas de produção. Além disso, esses metais são cruciais para a indústria de defesa, sendo utilizados em sistemas de orientação de mísseis balísticos, fabricação de cascos e lasers para artilharia.
A China detém uma posição de destaque na indústria de terras raras, sendo um dos poucos países com a capacidade de realizar a extração e o processamento desses minerais. Em abril, o país asiático estabeleceu condições mais severas para as exportações, impactando notavelmente os Estados Unidos.
Em retaliação às ações chinesas, os Estados Unidos restringiram as vendas de produtos ligados à produção de energia nuclear, semicondutores e aeronaves para a China. Esse aumento nas tensões comerciais entre as duas maiores economias reflete um cenário de crescente competição geopolítica e tecnológica.
A disputa sobre os metais raros demonstra a complexidade das relações comerciais entre China e Estados Unidos, bem como a relevância estratégica desses recursos para ambas as economias. O desenvolvimento dessa situação poderá ter consequências importantes para as cadeias de suprimentos mundiais e para o equilíbrio de poder no cenário internacional.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.