O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, declarou no sábado (14.jun.2025) que os ataques israelenses ao Irã, iniciados na sexta-feira (13.jun), são “inaceitáveis”. Em conversa telefônica com seu homóde Israel, Gideon Saar, o chanceler chinês afirmou que é dever da comunidade internacional chegar a um acordo sobre o programa nuclear iraniano.
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O ministro chinês Wang Yi declarou que a China está disposta a desempenhar um papel construtivo nas negociações de paz entre Israel e o Irã. Para Wang Yi, uma solução diplomática ainda é possível.
Desde o início dos bombardeios entre os dois países, o governo chinês tem afirmado que uma saída diplomática deve ser a solução, porém suas manifestações ainda são tímidas se comparadas às da outra potência global: os Estados Unidos.
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Adicionalmente à reunião de Wang Yi com Gideon Saar, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, declarou em entrevista com jornalistas na sexta-feira (13.jun) que a China se opõe a “qualquer tipo de violação” da soberania iraniana.
A China se opõe a qualquer violação da soberania, segurança e integridade territorial do Irã, e se opõe a qualquer intensificação ou expansão de conflitos. A escalada repentina da situação regional não é do interesse de nenhuma das partes, declarou o porta-voz.
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Quando questionado se a China apoiaria uma decisão do Irã de fechar o estreito de Ormuz —região no Golfo Pérsico por onde passa cerca de 25% do petróleo mundial— como forma de retaliação contra Israel e seu aliado norte-americano, Lin Jian declarou que não comentaria “cenários hipotéticos”.
Os Estados Unidos são um aliado histórico de Israel e têm sido mais participativo nas negociações para pôr fim aos ataques recentes. Nas redes sociais, o chefe da Casa Branca, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou que está trabalhando para “acabar com o conflito”. Segundo a agência de notícias Reuters, o presidente norte-americano chegou a vetar um plano israelense para eliminar o líder do governo iraniano.
A relação da China com o Irã não é tão próxima quanto a dos EUA com Israel, mas os países mantêm uma boa relação. O país persa faz parte da iniciativa chinesa da Nova Rota da Seda.
Em 2021, China e Irã firmaram um acordo de cooperação estratégica de 25 anos, que contemplava investimentos chineses de 400 bilhões de dólares em projetos de infraestrutura durante o período. Em troca, o Irã permitia a venda de petróleo produzido internamente.
Em abril deste ano, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, esteve em Pequim e foi recebido por Wang Yi. De acordo com o jornal Teerã Times, os chanceleres discutiram a negociação sobre o programa nuclear iraniano e a China apoiou as investigações para o emprego de tecnologia nuclear com fins pacíficos no país.
A China também possui relações estratégicas com Israel, uma delas no âmbito militar. A publicação especializada em notícias militares Defence Security Asia reportou em 2023 que os israelenses auxiliaram no desenvolvimento da aeronave J-10 e também possuem parceria no desenvolvimento de mísseis. Os países mantêm relações diplomáticas desde 1992.
Fonte por: Poder 360
