A China alega que a Casa Branca precisa deixar de lado uma postura de “soma zero” e aderir às normas do comércio global.
A representante do Ministério do Comércio da China , He Yongqian, afirmou na quinta-feira (5 de junho de 2025) que os Estados Unidos “generalizam e abusam” do conceito de segurança nacional para perturbar o comércio internacional.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A representante do governo chinês afirma que a Casa Branca acredita que os Estados Unidos estão buscando resolver suas preocupações sobre as dificuldades de competição, o que desequilibra a cadeia industrial e de suprimentos globalmente. Ela considera que o governo americano deveria buscar uma solução “por meio do diá”.
A China solicita que os Estados Unidos respeitem as leis econômicas, renunciem ao pensamento de soma zero, cessem a generalização e o uso abusivo do conceito de segurança nacional e atuem em colaboração com todos os envolvidos para preservar o sistema de comércio multilateral baseado em regras.
A afirmação de He Yongqian foi uma reação a uma pergunta sobre a decisão dos Estados Unidos de aumentar as tarifas de importação de aço e alumínio para 25% a 50% em todos os países. A medida entrou em vigor na quarta-feira (4 de junho).
O Brasil poderá ser um dos países mais impactados pela medida, considerando que os EUA são o principal importador de aço brasileiro e o segundo maior de alumínio.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
He Yongqian também foi questionada sobre as reclamações de vários países em relação ao atraso na aprovação do governo chinês para a compra de terras raras da China.
A representante afirmou que os minerais raros podem ser empregados em aplicações militares e que o controle das exportações é uma prática global. Indicou que a China prosseguirá com a avaliação dos pedidos de compra, sem esclarecer se haverá uma revisão do processo para acelerá-lo.
Na terça-feira (3 de junho), o comissário europeu de Comércio, Maroš Šefcovic, questionou o ministro do Comércio da China, Wang Wentao, sobre a escassez de elementos de terras raras e ímanes permanentes que impacta a indústria automotiva europeia.
A China é o principal exportador global de terras raras, que são componentes cruciais para indústrias como a automotiva, a energia eólica e a da saúde (dispositivos de ressonância magnética), entre outras.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.