A CEO Ana Toni afirma que a COP30 representará um marco para acelerar a implementação do Acordo de Paris

O Brasil pretende integrar as áreas econômica, sustentabilidade na Amazônia e aumentar o financiamento destinado à preservação das florestas tropicais, …

04/07/2025 18:45

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A CEO Ana Toni afirma que a COP30 representará um marco para acelerar a implementação do Acordo de Paris
(Imagem de reprodução da internet).

A COP30 visa acelerar a progressão exponencial, declarou Ana Toni, CEO da COP30, ressaltando que a conferência em Belém tem como objetivo impulsionar não apenas a mobilização de US$ 1,3 trilhão para os países em desenvolvimento, mas também a aplicação desses recursos em soluções de adaptação, transição justa e preservação da Amazônia, com a participação de governos, setor privado e comunidades locais.

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A 30ª Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30) será realizada na Amazônia em 2025, com foco na aceleração da implementação do Acordo de Paris.

Em visita a Belém, Ana Toni, CEO da COP30, afirmou que a prioridade do evento é reforçar o multilateralismo em face da complexa geopolítica mundial e unir economia e sustentabilidade: “Queremos demonstrar que a preservação da natureza e o uso sustentável da floresta são essenciais para combater a mudança do clima”.

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O Brasil trabalha para apresentar um relatório que proponha meios de arrecadar US$ 1,3 trilhão para os países em desenvolvimento, valor crucial para apoiar iniciativas de mitigação, adaptação e proteção ambiental.

Toni destacou que uma parcela desse recurso deve ser direcionada a projetos que compensem aqueles que protegem a floresta, como indígenas e agricultores: “Atualmente não há mecanismo que remuneradamente recompense quem preserva. É necessário mudar essa situação”.

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O Brasil tem buscado, entre as opções em análise, a criação do Tropical Forests Forever Fund (TFFF), um fundo para florestas tropicais, além de desenvolver mecanismos de mercado de carbono, bioeconomia e iniciativas de reflorestamento.

A diretora executiva afirmou que o setor privado já exibe grande interesse nessas áreas: “Os investidores passaram a considerar a economia da natureza como prioridade, não apenas a transição energética. Isso é inédito e muito promissor”.

A realização da COP30 em Belém também coloca a cidade e a região amazônica em destaque no cenário internacional. Ana Toni mencionou que, em reuniões preparatórias em Bonn (Alemanha) e durante a Climate Week em Londres, houve preocupação de delegações estrangeiras com temas como segurança, saúde, transporte e preços de hospedagem na capital paraense.

Belém não possuía reconhecimento internacional. Foi uma chance de apresentar a cidade, sua história e hospitalidade, sendo necessário assegurar preços acessíveis para receber representantes de países mais pobres, como diversos países africanos e pequenas ilhas.

Um ponto central será a transição justa, que contempla ações para garantir que populações mais vulneráveis – comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, moradores de áreas periféricas e pessoas de baixa renda – recebam os benefícios de empregos e oportunidades criadas pela economia verde.

Toni ressaltou progressos no debate em Bonn: “Conseguimos incorporar a visão dessas populações ao cerne das negociações, o que é fundamental para um futuro mais inclusivo”.

A COP30 também buscará avançar em acordos sobre adaptação, estabelecendo indicadores para avaliar se os países estão conseguindo responder aos impactos climáticos já existentes.

Além de mobilizar recursos, a conferência deve determinar para onde direcioná-los. Ana Toni afirmou que o debate avançou: “Começamos a discutir como aplicar o dinheiro em soluções baseadas na natureza, na adaptação e no apoio a quem protege as florestas, além da transição energética”.

A seleção da Amazônia como sede é simbólica, mas também estratégica. O Brasil deseja utilizar a COP30 para fortalecer a bioeconomia como um motor de desenvolvimento sustentável e demonstrar ao mundo as ações de combate ao desmatamento, reconhecidas internacionalmente como positivas, embora, segundo a diretora executiva, necessitem de acompanhamento com prosperidade para a população local: “Não basta apenas comando e controle; é fundamental criar oportunidades que garantam a preservação da floresta”.

Com a expectativa de mais de 200 países e milhares de participantes, a COP30 em Belém representará um marco para estabelecer a trajetória da descarbonização global e impulsionar ações contra a crise climática, destacando o papel da Amazônia na construção de um futuro mais sustentável.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.