A candidatura de Lula seria uma mensagem direcionada ao “maior ditador do século”

O presidente do PT, em seu discurso após a posse, afirmou que as eleições de 2026 serão um referendo sobre a democracia no país.

06/09/2025 18:35

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A candidatura de Lula seria uma mensagem direcionada ao “maior ditador do século”
(Imagem de reprodução da internet).

Para o presidente nacional do PT, Edinho Silva, a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva é fundamental para consolidar políticas sociais e, sobretudo, enviar uma mensagem clara ao mundo de que o Brasil não aceita “pressão de fascista”, a quem ele chama de “maior líder fascista do século XXI”.

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“O que está em jogo em 2026 é mais do que um projeto de governo. É dizer em alto e bom tom que aqui não há espaço para o fascismo, para o autoritarismo e para a intolerância”, declarou Edinho em Aracaju, onde se encontrava para participar de uma cerimônia que atendeu à posse de novos líderes do PT nos 75 municípios do Sergipe.

Em agosto, Trump anunciou sanções comerciais a produtos brasileiros em retaliação aos processos contra Jair Bolsonaro, com quem é aliado.

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O petista intensificou as críticas a Bolsonaro, cujos seguidores preparam uma série de manifestações no domingo, 7 de Setembro, data que há anos tem sido utilizada pelo ex-capitão. “Amanhã será o dia de afirmarmos ao Brasil que não somos dependentes dos Estados Unidos”, afirmou Edinho, ressaltando a relevância da retomada de atos públicos pelo campo progressista.

Ao abordar a questão da anistia aos golpistas em debate no Congresso, o líder petista destacou: “É preciso manifestarmos nossa voz, o que implica ocupar as ruas, as redes sociais. A anistia implica na normalização de que alguém que perde uma eleição tenha o direito de orquestrar um golpe, de planejar o assassinato do presidente, do vice e do ministro do Supremo Tribunal Federal”.

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O petista reiterou ainda a crítica à anistia ao 8 de Janeiro, assunto em discussão no Congresso. Para ele, trata-se de uma linha que não pode ser ultrapassada: “A anistia significa normalizar que alguém que perde uma eleição tenha o direito de organizar um golpe, de planejar o assassinato do presidente, do vice e de ministros do Supremo Tribunal Federal”.

O ex-prefeito de Araraquara, em São Paulo, Edinho, assumiu a direção do PT a partir de agosto. Ele substituiu Gleisi Hoffmann, que atualmente ocupa o cargo de ministra das Relações Institucionais. A partir de então, será o responsável por coordenar a candidatura à reeleição de Lula e por determinar quem representará a sigla nas eleições estaduais e legislativas.

Edinho, visto como um líder mais moderado que sua precursora, defende a expansão do diálogo com diversos segmentos da sociedade, porém ressaltou a importância de permanecer leal aos princípios históricos do partido.

É possível dialogar com o empresariado, com aqueles que possuem o poder econômico, não há problema algum. Conversar com todos, sim, mas ter clareza.

Chegada à Câmara.

Questionado pela reportagem da CartaCapital, Edinho minimizou os impactos do desembarque anunciado pela federação União Progressista na semana passada. Juntos, os dois partidos controlam quatro ministérios, mas não raro contribuíram para derrotas no Planalto no Legislativo. Com a saída da gestão, a recomendação é entregar os cargos em até 30 dias.

É preciso reconhecer que o governo é de coligação. O trabalho foi para formar uma maioria na Câmara dos Deputados. É evidente que, quando dois partidos anunciam a saída, faz parte do processo democrático. O que se pretende é perseverar na busca para que as conduções desses partidos que votavam em apoio ao governo mantenham o seu voto.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.