A campanha presidencial no Chile: comunista e candidato da extrema-direita são os favoritos
Jeannette Jara e José Antonio Kast lideram as pesquisas para a sucessão de Gabriel Boric.

Um candidato de extrema-direita e um comunista surgem como favoritos para as eleições presidenciais do Chile em 16 de novembro, após o encerramento do período de inscrição de concorrentes que buscam substituir o presidente Gabriel Boric (esquerda).
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Ao menos seis candidatos formalizaram suas campanhas antes do prazo final, que expirou às 18h desta segunda-feira.
José Antonio Kast e Jeannette Jara lideram as pesquisas, sendo o primeiro de extrema-direita e a segunda comunista.
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A disputa pelo terceiro lugar envolve a ex-prefeita direitista Evelyn Matthei e o economista Franco Parisi, criticado por seus opositores como populista.
Estudos indicam uma competição intensa entre Kast e Jara, posicionados nas posições mais opostas do cenário político.
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Uma nova polarização emerge para o Chile, afirma Mireya Dávila, analista e acadêmica da Universidade do Chile, em declaração da AFP.
Atualmente, os chilenos demonstram maior sensibilidade em relação à segurança, ao contrário de 2021, quando o então deputado de esquerda Gabriel Boric derrotou Kast no segundo turno presidencial.
A demanda da população era por uma transformação abrangente em um país tão próspero quanto marcado por disparidades, após os distúrbios sociais de 2019.
Boric iniciou seu governo com a intenção de reformar a Constituição, porém não obteve sucesso na tentativa conduzida pela esquerda radical. Um segundo processo, liderado pela extrema-direita, também não alcançou resultados.
Novo cenário
No início da campanha, Kast defendeu as posições de quem clama por medidas rigorosas no combate ao crime organizado.
Com sua terceira candidatura presidencial, prometeu a recuperação de cada bairro e espaço público.
Com 59 anos, Kast é um político sóbrio e pragmático. Não possui a veemência de líderes de extrema-direita que admira, como Jair Bolsonaro ou o argentino Javier Milei.
Prometeu “um governo de emergência” para “resgatar” o Chile. “Não se preocupem, tudo vai dar certo”, costuma dizer Kast no encerramento de seus discursos.
Seu principal concorrente é uma advogada comunista de 51 anos, que faz sua estreia como candidato.
Jeannette Jara alcançou destaque público como ministra do Trabalho no governo Boric, negociando com a direita significativas reformas trabalhistas, incluindo a diminuição da jornada de 45 para 40 horas semanais.
Ela conduz uma vasta aliança que abrange desde o Partido Comunista até a Democracia Cristã, após obter a vitória na primária de 29 de junho.
Dávila afirma que o principal problema da candidatura de Jara é como conseguirá se estabelecer como líder de seu partido e da coalizão de apoio.
Jara tem se reiterado em se declarar como candidata de centro-esquerda e não do Partido Comunista, com quem já teve divergências públicas sobre os governos da Venezuela e de Cuba.
A disputa pelo terceiro lugar
Evelyn Matthei e Franco Parisi figuram, conforme estudos, como principais concorrentes ao terceiro lugar.
Com 71 anos, Matthei é a candidata com maior trajetória política entre os concorrentes. Ela liderava as pesquisas até alguns meses atrás, mas perdeu força para Kast.
Manter-se no topo das pesquisas gera desgaste, reconhece Paula Daza, porta-voz de sua campanha, da AFP.
Parisi causou surpresa nas eleições de 2021 ao obter o terceiro lugar, conduzindo uma campanha exclusivamente nas redes sociais a partir dos Estados Unidos, com uma mensagem direcionada contra as elites.
O Chile não é de extremos. O Chile vai ao centro, disse nesta segunda-feira, ao inscrever sua candidatura no Serviço Eleitoral.
Também concorria à chefia de Estado Johannes Kaiser, libertário; Harold Mayne-Nicholls, ex-presidente do futebol chileno; Marco Enríquez-Ominami, cineasta de esquerda; e Eduardo Artes, professor de extrema-esquerda.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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