A Verkhovna Rada, parlamento ucraniano, ratificou na quarta-feira (16) a demissão do primeiro-ministro, Denys Shmyhal, que exercia o cargo desde março de 2020. Ele foi o chefe de governo mais duradouro da história recente do país.
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A decisão se concretiza no âmbito de uma ampla reforma no governo da Ucrânia, anunciada na última segunda-feira (14) pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Conforme as alterações, Yulia Svyrydenko, que antes liderava o Ministério da Economia, ocupará o cargo de primeira-ministra. Denis Shmyhal, por outro lado, deverá assumir o cargo de Ministério da Defesa. As mudanças propostas pelo presidente também precisam ser aprovadas pela Verkhovna Rada.
Zelensky afirmou que a extensa experiência de Denys Shmyhal será certamente útil no cargo de ministro da Defesa da Ucrânia, visto que o país atualmente dispõe dos maiores recursos, das maiores tarefas e de muita responsabilidade nessa área.
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Shmyhal substituirá Rustem Umerov como ministro da Defesa da Ucrânia. A expectativa é que Umerov ocupe o cargo de embaixador de Kiev nos Estados Unidos.
A legislação ucraniana estabelece que a destituição do primeiro-ministro pelo parlamento ucraniano acarreta na renúncia de todo o governo. O gabinete demitido mantém suas funções até a formação definitiva do novo governo.
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A designação de um novo ministério na Verkhovna Rada está prevista para 17 de julho, um dia após a votação sobre a renúncia.
A reforma do governo na Ucrânia ocorre em cenário de escalada da guerra com a Rússia, que nas últimas semanas tem intensificado seus ataques à capital de Kiev e vem conquistando progressivamente mais posições territoriais no leste ucraniano.
As negociações de paz, retomadas este ano com duas rodadas em Istambul, seguem paralisadas, sem visibilidade de novos diálogos entre as partes. Em relação às possíveis consequências da troca de cargos no governo ucraniano, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que “é difícil determinar se a mudança do ministro da Defesa ucraniano impactará o processo de negociação”.
Fonte por: Brasil de Fato
