A Câmara de Deputados da Argentina rejeitou o veto do presidente Javier Milei à lei que protege pessoas com deficiência
A irmã do presidente, Karina Milei, é protagonista de um escândalo de corrupção.

A Câmara dos Deputados da Argentina rejeitou, pela primeira vez, um veto imposto pelo presidente Javier Milei a uma proposta de lei que eleva os gastos e as medidas de proteção para pessoas com deficiência.
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A votação do Senado, com controle de oposição, que registrou 63 votos a favor e sete contra, representou o último esforço para revogar o veto presidencial. Em agosto, a Câmara baixa votou pela primeira vez para anular o veto.
Milei, que implementou cortes drásticos nos gastos do governo por meio de diversas medidas de austeridade, afirmou que o projeto de lei colocaria em risco o equilíbrio fiscal do país.
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A crise para Milei no Congresso ocorre após a mídia local divulgar gravações de áudio, no final de agosto, supostamente do ex-chefe da agência de deficiência da Argentina, Diego Spagnuolo, discutindo suborno e sugerindo que a irmã e chefe de gabinete de Milei, Karina Milei, estava recebendo propina.
Spagnuolo foi demitido rapidamente pelo governo e o presidente classificou os comentários como “mentira”.
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A anulação do veto presidencial pelo Congresso ocorre antes das eleições legislativas na província de Buenos Aires neste fim de semana e das eleições de meio de mandato em outubro.
O deputado Milei, que possui atualmente uma pequena representação no Congresso, necessita ampliar seus espaços para sustentar suas políticas. A última vez que o Congresso revogou um veto presidencial integral foi em 2003, durante o governo do presidente Eduardo Duhalde, conforme informações da mídia local.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.