O C6 Bank obteve lucro líquido de R$ 1,049 bilhão no primeiro semestre, aumento de pouco mais de 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme informações divulgadas nesta quarta-feira (20) pela instituição, que conta com o JPMorgan Chase como parceiro e projeta um resultado anual recorde.
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A carteira de crédito expandida atingiu R$ 72,4 bilhões, com crescimento de 49% em relação ao ano anterior e de 20,7% na base semestral, acompanhado pelo aumento do percentual de empréstimos com garantia para 79,8%, de 75,8% em junho de 2024 e 77,5% em dezembro do ano passado.
O C6 está trabalhando com esse crescimento tendo em conta esse perfil de risco ao longo dos últimos dois, três anos, sendo algo estrutural do nosso crescimento, afirmou à Reuters o CFO do banco, Philippe Katz, reforçando a previsão de encerrar o ano com uma carteira de R$ 80 bilhões.
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Das operações totais da carteira, 46% correspondem a crédito consignado, modalidade bastante valorizada e conhecida pela instituição financeira. Em relação ao novo consignado privado, declarou que a C6Bank iniciou sua atuação com cautela, mas pretende acelerar a expansão desse produto.
A expectativa é que a instituição apresente crescimento ao longo do segundo semestre nesse segmento de consignado privado.
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No primeiro semestre, a taxa de inadimplência para clientes com mais de 90 dias de atraso ficou em 3,2%, 3,1% em um ano anterior e 2,6% em dezembro. A instituição financeira implementou a resolução 4.966 neste ano, que alterou as regras sobre as provisões de perdas esperadas para os bancos.
Conforme Katz, sem considerar o impacto da nova regulamentação, o índice estaria em 2,1%, mantendo a tendência dos últimos semestres. Contudo, ele ressaltou que o banco se sente confortável com o patamar de 3% após a nova regra.
Gostariam do perfil de risco da carteira, mantendo essa característica, portanto a tendência é a manutenção desse indicador em torno de 3%, afirmou ao comentar os números do balanço, destacando que o cenário de desaceleração da economia brasileira no ano já é esperado nos modelos do C6.
A perda estimada de créditos de dívidas incobráveis no primeiro semestre atingiu R$ 996 milhões, em comparação com R$ 1,051 bilhão um ano anterior e R$ 863 milhões em dezembro. O custo do crédito em relação à carteira de crédito ficou em 0,3%, de 0,4% em junho do ano passado e 0,3% em dezembro de 2024.
O diretor de investimentos e private banking do C6, Igor Rongel, destaca que o perfil do banco, com foco em alta renda, possibilita uma percepção diferenciada do mercado, em razão da resiliência desse público.
O aumento significativo do alcance do público de alta renda torna a composição da carteira de clientes mais equilibrada… Isso nos posiciona melhor nesse aspecto de desaceleração ou qualquer tipo de movimento econômico que possa impactar determinado público ao longo do tempo.
Katz destacou a diversificação das áreas de negócios do banco, que abrange veículos, consignados, empresas e pessoa física, como um instrumento para o crescimento. “O banco está preparado para eventuais turbulências e manterá sua trajetória de crescimento. O ano de 2025 será marcado por lucros expressivos no balanço do C6.”
Lançado oficialmente em agosto de 2019, o C6 obteve seu primeiro lucro líquido anual no ano passado, no valor de R$ 2,3 bilhões.
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O ROE anualizado atingiu 43% no primeiro semestre de 2025, e 58% no primeiro semestre de 2024, período em que a C6 obteve seu primeiro lucro semestral.
O diretor financeiro detalhou que, no primeiro período em que o banco obtém lucro, o cálculo é feito com uma base de patrimônio, ou seja, um denominador, mais baixo, o que resulta em um ROE mais elevado. Trata-se de uma questão da base de comparação do denominador do ponto de partida do primeiro semestre de lucro.
O que é sustentável para o nosso negócio é o ROE em torno de 40%, conforme declarado.
O executivo também ressaltou o modelo de negócio do C6, que se apoia em significativa capacidade operacional, com uma estrutura de custos já estabelecida, um formato que possibilita o aumento das receitas enquanto os custos permanecem controlados, o que é bastante eficaz para sustentar o crescimento e o ROE em tal escala.
De acordo com os dados de quarta-feira (20), o total de captações do banco alcançou R$ 93,5 bilhões ao final de junho, um aumento de 64% em relação ao mesmo período do ano anterior, com os depósitos à vista crescendo cerca de 25% no mesmo período, enquanto as captações a prazo subiram 70%.
O índice de eficiência alcançou 46%, em comparação com 55% no ano anterior, e o índice de Basileia subiu de 12,5% para 13,7%.
Em resposta à questão sobre como o C6 está lidando com os recentes acontecimentos relacionados às decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) e às sanções anunciadas pelos Estados Unidos, Katz declarou que o banco está acompanhando de perto toda essa movimentação. “Manteremos o cumprimento de todas as regulamentações aplicáveis”, afirmou.
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Fonte por: CNN Brasil
