A busca de petistas para anular o mandato de Eduardo Bolsonaro

Pedido solicita que a Mesa Diretora considere “a gravidade institucional” das ações do deputado de extrema-direita.

16/07/2025 13:45

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A busca de petistas para anular o mandato de Eduardo Bolsonaro
(Imagem de reprodução da internet).

Deputados do PT protocolaram na Mesa Diretora da Câmara, na quarta-feira 16, um requerimento para suspender o mandato do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está sendo investigado no Supremo Tribunal Federal por acusação de trama contra autoridades brasileiras nos Estados Unidos.

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O texto, com a relatoria do líder petista na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), solicita que a Mesa Diretora reconheça a “gravidade institucional” das condutas de Eduardo, “incluindo em relação às campanhas no exterior que resultaram em sanções contra o Brasil e ataques ao STF”.

A intenção é que a liderança da Câmara determine uma providência urgente de suspensão do mandato de Eduardo, “enquanto se verificarem os atos que representam ameaça à integridade do Poder Legislativo e das instituições da República”.

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Lindbergh também solicita que a Mesa atribua o caso envolvendo o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – apelidado de “zero três” – ao Conselho de Ética para que seja dada prioridade às representações já apresentadas.

O deputado Zeca Dirceu (PR) é um dos petistas que assinaram o requerimento. “Urge a punição dos traidores do Brasil”, afirmou, ao anunciar o endosso ao documento.

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A solicitação se manifesta uma semana após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma alíquota de 50% sobre a importação de produtos brasileiros.

Eduardo, que permanece nos Estados Unidos, pediu demissão do cargo em março e iniciou a busca por punições contra indivíduos que, em sua avaliação, “violação de direitos humanos no Brasil”. Seu principal alvo é o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Nos últimos dias, o deputado do PL tem utilizado a estratégia do tarifário de Trump para tentar forçar a aprovação do projeto de lei que anistia golpistas — medida que beneficiaria Jair Bolsonaro.

Em 8 de julho, Moraes estendeu em 60 dias o período para a Polícia Federal concluir o inquérito contra Eduardo.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, alegou a possível prática de três crimes ao solicitar a abertura da investigação no STF: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Gonet avalia que as ações de Eduardo se intensificam à medida que avança o processo contra o pai por liderar a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.