O disparo da bandeira tarifária vermelha 2 terá impacto no consumidor e influenciará a inflação de agosto.
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Uma estimativa da economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta, aponta para um impacto suplementar de 0,15 ponto percentual no IPCA no mês seguinte.
A partir desta sexta-feira (25), a Aneel anunciou a bandeira vermelha patamar 2, o que resultará em um aumento de R$ 7,87 por cada 100 kWh consumidos.
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A eletricidade residencial representa 3,90% da composição do índice.
O relatório Focus, publicado na última segunda-feira (21), previa uma inflação de 0,04% para agosto. Economistas atribuíam essa redução, sobretudo, à queda nos preços dos alimentos.
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Apesar da implementação da nova tarifa, é provável que essas projeções não sofram grandes alterações.
“Acredito que a alta não seja tão intensa porque algumas casas já consideravam esse cenário”.
A divulgação do IPCA de julho também deve impactar as projeções. O próximo boletim Focus, com as expectativas do mercado, será publicado pelo BC (Banco Central) na segunda-feira (28).
A bandeira mais cara
A bandeira vermelha 2 é a mais dispensa das opções da Aneel e foi utilizada pela última vez em outubro de 2024.
A alteração em agosto foi justificada pelo cenário de fluxos aquáticos abaixo da média em todo o país e pela necessidade de utilização de usinas termelétricas, que apresentam um custo mais elevado.
A Aneel ressalta, em nota, que o consumidor deve estar atento à “importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica” com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2.
Devido à falta de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas, a bandeira vermelha do patamar 1 já estava ativa desde junho.
A resolução tende a aumentar os custos de produção de energia, em razão da necessidade de utilização de fontes mais caras para a geração, como as termelétricas, conforme reforçou a Aneel na aplicação da bandeira vermelha 1 em julho.
As seguradoras estimam prejuízos de 84 bilhões de dólares em 2025 devido a eventos climáticos.
Fonte por: CNN Brasil