A avaliação de diplomatas brasileiros é que a resolução do caso será complexa na reunião da ONU

A avaliação de diplomatas brasileiros é que será difícil alcançar uma resolução para um cessar-fogo na reunião emergencial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) neste domingo (22), devido ao poder de veto dos Estados Unidos.

O conselho é composto por 15 membros, dos quais 10 são rotativos e cinco são permanentes, com poder de veto nos Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França.

China, Rússia e Paquistão apresentaram uma proposta de resolução para um cessar-fogo em face do aumento das tensões entre Irã, Israel e Estados Unidos. Contudo, há pouca expectativa de que ela seja bem-sucedida.

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Os diplomatas brasileiros consideram a reunião do Conselho de Segurança como uma forma de alívio para abordar o tema e permitir que os países envolvidos no conflito expressem suas posições. Não excluem a possibilidade de que outros documentos adicionais sejam divulgados. No entanto, não esperam que haja a resolução de um cessar-fogo. Eles lembram que os Estados Unidos já vetaram uma proposta nesse sentido para Gaza .

Na avaliação de diplomatas brasileiros, mesmo com dúvidas sobre as respostas do Irã quanto ao enriquecimento de urânio, não se estabeleceu a caracterização de que estaria desenvolvendo armas nucleares. Especificamente, não havia nada que pudesse confirmar esse desenvolvimento, afirmam. Para esses diplomatas, eventuais suspeitas precisam ser esclarecidas de outras formas.

O Itamaraty divulgou uma nota no início da tarde de domingo, com posicionamento bem claro.

O governo brasileiro manifesta uma séria preocupação com o aumento do envolvimento militar no Oriente Médio e condena veementemente os ataques de Israel e dos Estados Unidos contra instalações nucleares, considerando-os uma violação da soberania do Irã e do direito internacional.

O Itamaraty afirma que essas ações representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis. Ressaltam o risco de exposição à contaminação radioativa e a desastres ambientais de grande escala.

Existe uma crítica quanto a ataques mútuos em áreas densamente povoadas, particularmente com grande número de civis. Destaca-se que hospitais são protegidos pelo direito internacional humanitário.

A embaixada solicita, por último, uma solução diplomática que interrompa o “ciclo de violência” e promova uma oportunidade para negociares de paz.

Fonte por: CNN Brasil