A atividade solar reduz a vida útil de satélites da SpaceX, indica estudo

A pesquisa da NASA aponta que a intensa atividade solar impacta satélites em órbita da Terra e aumenta sua taxa de retorno à atmosfera.

01/06/2025 14h23

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(Imagem de reprodução da internet).

A intensificação da atividade solar está diminuindo a vida útil de satélites em órbita terrestre, especialmente em projetos de grande escala como o Starlink, da empresa SpaceX, de Elon Musk, conforme dados de um estudo recente conduzido por pesquisadores do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa.

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O fenômeno, intensificado durante o “máximo solar” (pico de atividade do Sol a cada 11 anos, ocorrido pela última vez no final de 2024), eleva e expande a atmosfera terrestre, elevando o arrasto sobre os satélites.

O estudo, conduzido pelo pesquisador brasileiro Denny Oliveira e seus colegas do Centro Goddard em Maryland, demonstrou que as tempestades geomagnéticas intensificam a reentrada de satélites na Terra. Os pesquisadores informaram que, no período de máximo solar, a vida útil de um satélite pode ser diminuída em até 10 dias.

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Descobrimos que, durante tempestades geomagnéticas, a reentrada dos satélites é mais rápida do que o esperado, afirmou Oliveira, em entrevista à revista New Scientist. “É a primeira vez na história que temos a reentrada de tantos satélites ao mesmo tempo. Em poucos anos, teremos a reentrada de satélites todos os dias.”

Com mais de 7 mil satélites Starlink em órbita terrestre e reentradas semanais, o impacto da atividade solar tem se tornado mais notório. Entre 2020 e 2024, 523 satélites Starlink retornaram à atmosfera.

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O pesquisador Sean Elvidge, da Universidade de Birmingham, também citado pela revista New Scientist, acredita que essa prática pode apresentar um benefício: a eliminação mais rápida de satélites inativos, o que diminuiria o lixo espacial. No entanto, a reentrada acelerada também suscita preocupações.

Oliveira ressalta a possibilidade de itens não se decomporem totalmente, podendo alcançar o terreno. Em agosto de 2024, um pedaço de um satélite Starlink de 2,5 kg foi localizado no Canadá, um evento incomum, mas que, na visão de Samantha Lawler, da Universidade de Regina, pode sugerir a existência de outros destroços não identificados.

A SpaceX não se manifestou em relação ao estudo dos pesquisadores da Nasa.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.