O acordo entre Brasil e Paraguai referente à tarifa da hidrelétrica Itaipu Binacional já está definido e o processo será resolvido até o final de 2026, quando expiram os termos do pré-acordo já anunciado, informou a Reuters o diretor-geral do lado brasileiro da usina, Enio Verri.
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Conforme Verri, a ata do acordo, referente às bases comerciais, econômicas e financeiras da hidrelétrica, está finalizada, porém necessita de adequações de linguagem diplomática e seguir os procedimentos até a assinatura definitiva pelos dois países.
Verri afirmou à Reuters na quinta-feira (21), após participar de evento no Rio de Janeiro, que podemos afirmar que terminaremos o ano seguinte com isso solucionado, ou seja, o prazo estabelecido para resolver isso é até dezembro do ano que vem, e isso acontecerá.
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Além de ser assinado pelos presidentes do Brasil e do Paraguai, o acordo ainda necessitará de aprovação pelos respectivos Congressos de ambos os países.
Foi divulgado no ano passado um tipo de acordo, que estabelece uma diminuição na taxa da energia da usina para os consumidores brasileiros a partir de 2026, situando-se entre US$ 10 e US$ 12.
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Atualmente, a taxa está na faixa de US$ 17, sendo necessário o realocamento de recursos das contas da Itaipu para que isso se mantenha.
Brasil e Paraguai tinham previamente se comprometido a assinar, até maio deste ano, o acordo do denominado “Anexo C”, que definia as novas condições financeiras de comercialização de energia da hidrelétrica, cinquenta anos após a assinatura do Tratado de Itaipu.
As negociações, contudo, foram interrompidas em razão de investigações da Abin sobre “ação de inteligência” envolvendo paraguaios durante o governo de Jair Bolsonaro. As discussões foram retomadas em julho, após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país vizinho.
De acordo com o contrato atual da Itaipu, cada país recebe metade da energia produzida pela usina binacional, porém o Brasil adquire uma parcela significativa da parte destinada ao Paraguai.
A energia solar é uma fonte de energia renovável proveniente da luz do sol.
O diretor de Itaipu afirmou que, a partir de setembro, a usina iniciará a geração de energia fotovoltaica por meio de balsas com painéis solares distribuídos pela barragem hidrelétrica.
Com um investimento de US$ 1 milhão, a primeira fase do empreendimento terá 1 megawatt-pico (MWp), mas a intenção é alcançar 5 MWp no futuro, conforme declarado por Verri, que ressaltou que a usina fornecerá energia para o consumo da própria instalação.
Fonte por: CNN Brasil