A receita líquida com impostos de importação dos Estados Unidos atingiu um patamar máximo de US$ 27,2 bilhões em junho, segundo dados divulgados pelo Tesouro nesta sexta-feira (11), refletindo o aumento da arrecadação proveniente das tarifas comerciais implementadas pelo presidente Donald Trump.

Este fator, juntamente com alterações no calendário de receitas e despesas, resultou em um superávit orçamentário federal de US$ 27 bilhões em junho, de acordo com o Tesouro.

As receitas tarifárias, que apresentaram crescimento contínuo nos últimos três meses, contribuíram para aumentar as receitas orçamentárias totais de junho em 13%, ou 60 bilhões de dólares, para 526 bilhões de dólares, um valor recorde para o mês. Já as despesas de junho diminuíram 7%, ou 38 bilhões de dólares, para 499 bilhões de dólares, conforme divulgou o Tesouro.

As receitas alfandegárias dos primeiros nove meses do ano fiscal excederam a marca de US$ 100 bilhões em termos brutos, alcançando um recorde de US$ 113,3 bilhões, e US$ 108 bilhões em valores líquidos. O ano fiscal de 2025 compreenderá o período de 1º de outubro de 2024 a 30 de setembro de 2025.

Contudo, o déficit total no período acumulado do ano cresceu 5%, ou 64 bilhões de dólares, para 1,337 trilhão de dólares, devido ao aumento das despesas com saúde, Previdência Social, defesa e juros da dívida nacional.

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As receitas dos primeiros nove meses do ano fiscal ascenderam 7%, correspondendo a US$ 254 bilhões, atingindo um recorde de US$ 4,008 trilhões, ao mesmo tempo em que as despesas aumentaram 6%, totalizando US$ 318 bilhões e um recorde de US$ 5,346 trilhões.

Inicialmente nesta semana, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, propôs um incremento mais significativo na captação de tarifas, declarando em uma reunião ministerial que os Estados Unidos obtiveram aproximadamente US$ 100 bilhões em receitas tarifárias até o momento, podendo atingir US$ 300 bilhões até o fim de 2025.

Um porta-voz do Tesouro afirmou que Bessent estava se referindo ao ano civil – ou seja, ao período desde que Trump retornou à presidência – e não ao ano fiscal.

Alcançar US$ 300 bilhões em arrecadação de tarifas até dezembro implicaria em um aumento significativo nas arrecadações nos próximos meses e em aumentos tarifários amplos e consideráveis em relação aos níveis atuais.

O presidente Trump definiu uma nova data, 1º de agosto, para a aplicação de tarifas “recíprocas” mais elevadas em relação à maioria dos parceiros comerciais dos EUA, permitindo negociações com alguns países nas próximas três semanas. A medida deverá gerar “muito dinheiro”, afirmou Trump.

A partir dessas declarações na terça-feira, o presidente dos EUA intensificou sua aposta tarifária, anunciando alíquotas de 50% sobre importações de cobre e produtos brasileiros, além de uma tarifa de 35% sobre os produtos canadenses, tudo com início previsto para 1º de agosto.

O governo Trump também está a preparar mais tarifas setoriais sobre semicondutores e produtos farmacêuticos.

Compreenda a política tarifária de Trump sobre o Brasil e seus efeitos na economia.

Fonte por: CNN Brasil