A argila em Marte pode indicar a presença de vida no passado, há bilhões de anos

A análise de 150 depósitos de material no Planeta Vermelho auxiliou no estudo de moléculas antigas.

05/07/2025 14:45

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A argila em Marte pode indicar a presença de vida no passado, há bilhões de anos
(Imagem de reprodução da internet).

Pesquisadores identificaram que as densas camadas de argila presentes na superfície de Marte podem indicar que, em bilhões de anos, a vida existiu no planeta vermelho.

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A existência de lagos e rios no passado de Marte já era conhecida, porém, cientistas ainda não haviam conseguido comprovar como os ambientes úmidos se formaram e impactaram na evolução do planeta.

Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin e parceiros investigaram imagens de 150 depósitos de argila da superfície marciana, provenientes de um levantamento global realizado pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter da Nasa.

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A conclusão indicou que as camadas de argila se desenvolveram primariamente em áreas próximas a lagoas, ambientes que apresentavam a combinação adequada de água, minerais e um ambiente tranquilo para o surgimento da vida.

Essas áreas apresentam características semelhantes aos locais tropicais, com a presença de camadas de argila, como ocorre na Terra.

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“Esses locais apresentam grande quantidade de água, porém pouca variação topográfica, sendo, portanto, muito estáveis”, declarou a autora principal do estudo, Rhianna Moore, da Escola Jackson de Geociências da Universidade do Texas, Estados Unidos.

Possuir um terreno estável não compromete ambientes potencialmente habitáveis, podendo favorecer condições que se mantêm por mais tempo.

Água em Marte

Atualmente, a comunidade científica acredita que Marte teve água líquida há cerca de quatro bilhões de anos. Na época, o planeta seria bem diferente do deserto árido que vemos hoje; possivelmente, era coberto por vales, água e rochas sedimentadas.

O rastro da Água Marciana, enigma de bilhões de anos que fascina a geologia planetária, pode ter sido elucidado por uma equipe internacional de cientistas. Um oceano subterrâneo, cujo volume corresponde a uma camada global imaginária de 520 a 780 metros, estaria escondido sob a crosta do planeta.

Estudo publicado na National Science Review, empregou dados sísmicos da missão InSight da Nasa para detectar uma redução das ondas entre 5,4 e 8 km de profundidade, sugerindo a possível ocorrência de água líquida nessas camadas.

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Com informações de Jorge Marin e Lucas Guimarães, em colaboração para a CNN.

Fonte por: CNN Brasil

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.