A Argentina, liderada por Maradona, conquistava o segundo título mundial há 39 anos
A conquista sobre a Alemanha na finalíssima, no México, elevou o time ao primeiro lugar no cenário do futebol.

Dezessete anos após a final de 1970, entre Brasil e Itália, o mesmo Estádio Azteca estava abarrotado, com 115 mil torcedores, para uma disputa de Copa. O título ficou com a América do Sul. Os mexicanos, eliminados pelos alemães, preferiam o título para a Argentina . A Fifa escolheu, pela segunda final consecutiva, um árbitro brasileiro para o último jogo: Romualdo Arppi Filho. Em 1982, na Espanha, havia sido Arnaldo César Coelho.
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Brown inaugurou o marcador aos 23 do primeiro período. O árbitro da baliza, Harald Schumacher, cometeu erro após uma cobrança de falta da lateral direita, e o jogador argentino marcou de voleio. Valdano fez o segundo aos 10 minutos da segunda parte. Contudo, a partida que aparentava ser simples se tornou mais complexa. Rummenigge reduziu aos 29 minutos e Völler igualou aos 35. Contudo, a habilidade de Maradona teve a palavra final. Aos 38, Diego colocou Burruchaga frente ao goleiro alemão: 3 a 2.
Argentina 3 x 2 Alemanha — Cidade do México — 29.06.86. Argentina: Pumpido; Brown, Cuciuffo, Ruggeri e Olarticoechea; Giusti, Batista, Maradona e Enrique; Burruchaga (Trobbiani) e Valdano. Alemanha: Schumacher; Jakobs, Berthold, Föster e Briegel; Matthäus, Brehme, Magath (Hoeness) e Eder; Rummenigge e Allofs (Völler). Árbitro: Romualdo Arppi Filho (Brasil). Gols: Brown (23) no primeiro tempo. Valdano (10), Rummenigge (29), Völler (35) e Burruchaga (38) na etapa final.
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A Argentina causa susto, mas conquista a Copa. Foi esse o título do dia seguinte da edição da Folha de S.Paulo. O presidente da Fifa, o brasileiro João Havelange, entregou a taça de campeão ao presidente do México, Miguel de la Madrid, que a repassou a Maradona, capitão da equipe argentina, considerado o melhor jogador da Copa.
O chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl, compareceu à tribuna de honra e saudou os dois times. Maradona não balançou as redes na final, porém obteve a conquista do Mundial quase sozinho. Após a vitória, demonstrou humildade com os colegas: “Me sinto campeão do mundo, não o jogador mais brilhante do planeta. Nós todos almejavamos a glória. Joguei com tranquilidade e fui eliminado de forma clara. Infelizmente para a Alemanha, ela negligenciou a parceria com outros companheiros e isso foi determinante para a vitória.”
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Maradona dedicou a vitória a todas as crianças do mundo. Já o treinador argentino evitou responder aos críticos: “O técnico da equipe campeã, Carlos Salvador Bilardo, que antes da Copa fora duramente criticado por jornalistas, torcida, atletas e políticos de seu país, disse que ‘nunca me interessaram as críticas; os jornalistas não me molestaram com seus comentários adversos’”, destacou a Folha de S.Paulo. A Argentina foi a primeira seleção a conquistar duas vezes a taça Copa do Mundo, que substituiu a Jules Rimet, a partir de 1974.
Em Buenos Aires, uma grande população ocupou as ruas do centro da cidade para celebrar o segundo título mundial da Argentina (1978-1986). No bairro de Vila Devoto, torcedores se reuniram em frente à residência da família de Maradona. O presidente argentino, Raúl Alfonsín, proferiu um discurso em cadeia de rádio e televisão para felicitar os jogadores.
Assista aos gols da final da Copa de 1986 com a narração de José Silvério.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.