A área da Paisagem Cultural da Serra do Peruaçu, em Minas Gerais, norte do estado, é considerada um patrimônio natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura

O parque possui mais de 250 cavernas e sítios arqueológicos, apresentando evidências de ocupação humana com registros de 12 mil anos.

1 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Situado no norte de Minas Gerais, o parque Cavernas do Peruaçu foi reconhecido, no domingo (13), como patrimônio mundial natural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Trata-se do primeiro parque do estado a obter essa distinção.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão foi divulgada na 47ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, que ocorreu em Paris, na França, e foi celebrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão responsável pela administração dos parques nacionais do país.

A área de conservação é habitat de três biomas distintos: a mata atlântica, o cerrado e a caatinga. Adicionalmente, o parque abriga extensas cavernas, com pinturas rupestres de mais de 12 mil anos, conforme investigações de arqueólogos. A Unesco identificou ainda mais de 250 cavernas no parque, que, segundo a organização, constituem alguns dos maiores espaços subterrâneos do mundo.

LEIA TAMBÉM!

A área reconhecida situa-se entre as cidades de Januária, Itacarambi e São João das Missões, e abriga o povo indígena Xakriabá, que, por meio de seus modos de vida e conhecimentos tradicionais, protege historicamente o local, conforme afirma o ICMBio em comunicado. Lobos-guarani, cutias, tangarãs, onças, seriemas e tamanduás também habitam as margens do parque. Entre as frutas, destacam-se a cagaita, a jabuticaba e o xibitica.

O título consagra o Peruaçu como um sítio de valor universal excepcional, pela sua combinação singular de relevância geológica, arqueológica, ecológica e paisagística.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O estado recebeu, pela primeira vez, o título de patrimônio natural da humanidade em 2024, com o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Unesco.

Consulte também: Modo de preparo do Queijo Minas é reconhecido pela Unesco como patrimônio da humanidade.

Fonte por: Brasil de Fato

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

Sair da versão mobile