A aplicação da Lei Magnitsky contra o Brasil é provável, afirma Garman ao WW

A tensão nas relações entre Brasil e Estados Unidos poderá elevar-se a um novo nível com a possível aplicação da Lei Magnitsky, segundo avaliação do diretor-executivo da Eurasia Group, Christopher Garman, durante o WW desta sexta-feira (18). A análise se origina após a recente revogação de vistos, considerada uma medida inicial mais modesta.

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Segundo Garman, há uma grande chance de que a Lei Magnick seja utilizada contra ministros do STF. Adicionalmente, as sanções podem abranger além do âmbito do Supremo, impactando outros indivíduos.

As negociações podem apresentar complexidades.

A situação é intensificada pela visão compartilhada entre Donald Trump e Jair Bolsonaro, que avaliam as decisões judiciais com críticas parecidas e as ações do Supremo como ameaças à democracia. Esse cenário tem favorecido politicamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no curto prazo.

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Quanto às tarifas comerciais, Garman apresenta um cenário pessimista em relação à viabilidade de reduções. O especialista indica que o cenário mais otimista seria a manutenção das tarifas em vigor, com algumas exceções e limites específicos, sobretudo em virtude da pressão do setor privado norte-americano.

O aumento das tensões diplomáticas no curto prazo deverá complicar as negociações, sobretudo antes de 1º de agosto. O especialista aponta que a situação exige uma vitória simbólica para Trump, algo que dificilmente será alcançado pela administração brasileira atual.

Ricardo Tavares

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.