A Anvisa impede a comercialização de três marcas de café que apresentavam contaminação

A Anvisa determinou na segunda-feira, 2 de junho de 2025, a proibição da produção e comercialização das marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial, e de bebidas com sabor de café.

A decisão foi tomada após a detecção de ocratoxina nos produtos, substância que apresenta riscos à saúde dos consumidores.

A decisão da Anvisa impede a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso de todos os lotes dessas bebidas conhecidas como “café fake” em todo o território nacional. A medida foi baseada em análises laboratoriais realizadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

O ministério já havia declarado esses produtos inadequados para consumo em 25 de maio, ao identificar as irregularidades nas bebidas. Os testes laboratoriais mostraram a presença de substâncias anormais e impurezas que excediam o limite estabelecido pela legislação brasileira.

Conforme a legislação brasileira, substâncias estranhas compreendem pedras, areia e sementes de diferentes espécies vegetais, incluindo ervas daninhas. As impurezas, por outro lado, abrangem galhos, folhas e cascas. As embalagens também estampavam informações falsas sobre a presença de “polpa de café” e “café torrado e moído”.

Em abril, Hugo Caruso, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Ministério da Agricultura e Pecuária, declarou que esses produtos eram obtidos a partir do que ele denominou “lixo da lavoura”.

A Anvisa não forneceu informações sobre possíveis sanções complementares para as empresas responsáveis pela produção desses produtos, além da proibição de comercialização. As empresas fabricantes não se manifestaram até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para manifestações.

Fonte por: Poder 360